(IFGO/2018) Leia o texto sobre a vinda dos escravos negros da África para o Brasil:
“[…] Os bantos (angolas, caçanjes e bengalas, etc.) cuja vinda se deu entre fins do século XVI perdurando até XIX, vieram especialmente para as regiões de Minas Gerais e Goiás; […] E os sudaneses (iorubas ou nagôs, jejes, fanti-achanti; haussás e mandigasislamizados, etc.) originários da África Ocidental, tem sua entrada no Brasil, em meados do século XVII, perdurando até a metade do século XIX, se concentraram nas regiões açucareiras, sobretudo, Bahia e Pernambuco”.
NASCIMENTO, Alessandra Amaral Soares. Candomblé e umbanda: práticas religiosas da identidade negra no Brasil. RBSE, n. 9, v. 27, p. 923-944. Dez. 2010. p. 926. Disponível em: http://www.cchla.ufpb.br/rbse/Index.html. Acesso em: 30 abr. 2018.
Marque a alternativa correta, no que se refere às formas de resistência à escravidão negra no Brasil:
- A) Em alguns engenhos brasileiros, os escravos podiam plantar suas roças nos dias santos e nos domingos
- B) A sociedade colonial assentava-se na oposição entre senhores e escravos
- Os demais grupos sociais definiam-se a partir de seu grau de proximidade ou distância desse núcleo fundamental
- C) Os escravos eram propriedades, comprados da mesma forma que se adquire um animal, uma roupa
- Tanto seu trabalho como sua vontade pertenciam ao seu proprietário
- D) Os escravos organizavam fugas coletivas ou individuais para os quilombos
- A preservação da religiosidade, das crenças e ritos africanos era outra forma de resistência à escravidão
- E) Os africanos escravizados eram proibidos de participar de agremiações religiosas, atividades de ganho fora das propriedades dos seus senhores e de contraírem o matrimônio por serem cativos.
Resposta:
A alternativa correta é a letra D.
Os escravos organizavam fugas coletivas ou individuais para os quilombos, que eram comunidades formadas por escravos fugidos e outros grupos marginalizados, que viviam de forma autônoma e resistiam aos ataques das tropas coloniais. A preservação da religiosidade, das crenças e ritos africanos era outra forma de resistência à escravidão, pois os escravos mantinham sua identidade cultural e sua fé, apesar das tentativas de conversão e repressão por parte dos senhores e da Igreja.
As outras alternativas não se aplicam ao caso, pois:
- Em alguns engenhos brasileiros, os escravos podiam plantar suas roças nos dias santos e nos domingos, mas isso não era uma forma de resistência à escravidão, mas sim uma concessão dos senhores, que permitiam que os escravos produzissem sua própria alimentação e complementassem sua renda.
- A sociedade colonial assentava-se na oposição entre senhores e escravos, mas isso não era uma forma de resistência à escravidão, mas sim uma característica da estrutura social da época, que era baseada na exploração e na desigualdade.
- Os escravos eram propriedades, comprados da mesma forma que se adquire um animal, uma roupa, mas isso não era uma forma de resistência à escravidão, mas sim uma consequência da escravidão, que reduzia os seres humanos a mercadorias.
- Os africanos escravizados eram proibidos de participar de agremiações religiosas, atividades de ganho fora das propriedades dos seus senhores e de contraírem o matrimônio por serem cativos, mas isso não era uma forma de resistência à escravidão, mas sim uma forma de controle e opressão dos senhores, que limitavam a autonomia e a mobilidade dos escravos.
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