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(IFMT/2018) A discussão sobre a escravidão africana no Brasil, entre os séculos XVI e XIX, não se restringe apenas à questão econômica. Os historiadores têm destacado também a luta pela liberdade, as sociabilidades, solidariedades, religiosidades, culturas e formas de resistência ao cativeiro. Sobre os aspectos da escravidão no Brasil, considera-se CORRETO que:

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Resposta:

A alternativa correta é a letra B.

As fugas individuais e coletivas de escravizados eram uma forma de resistência ao cativeiro e à opressão dos senhores. Muitos escravos fugiam para áreas de difícil acesso, como matas, serras e pântanos, onde formavam comunidades autônomas, com organização social, política, econômica e cultural própria. Essas comunidades eram chamadas de quilombos, sendo o mais famoso deles o Quilombo dos Palmares, que chegou a ter cerca de 20 mil habitantes e resistiu por quase um século às investidas das tropas coloniais.

As outras alternativas não se aplicam ao caso, pois:

  • A luta contra a escravidão não foi a principal bandeira da elite letrada, mas sim de alguns setores da sociedade, como os abolicionistas, que defendiam o fim da escravidão por motivos humanitários, políticos e econômicos. A elite letrada, em sua maioria, era favorável à manutenção da escravidão, pois dela dependia a sua riqueza e poder.
  • Os senhores de engenhos não conseguiram impedir amplamente as fugas e rebeliões de escravos, pois estes sempre encontravam formas de escapar ou se revoltar contra a exploração e a violência. Além dos quilombos, houve diversas insurreições de escravos, como a Revolta dos Malês, a Revolta dos Alfaiates, a Sabinada, a Balaiada, entre outras.
  • A Igreja não conseguiu promover a ampla e irrestrita conversão dos diversos grupos de africanos ao catolicismo, pois eles mantiveram suas práticas religiosas ancestrais, muitas vezes de forma velada ou sincrética. Assim, surgiram religiões afro-brasileiras, como o candomblé, a umbanda, o xangô, etc., que preservaram elementos das culturas africanas.
  • Os africanos escravizados não eram proibidos de participar de agremiações religiosas, atividades de ganho fora das propriedades dos seus senhores e de contraírem o matrimônio por serem cativos. Na verdade, muitos escravos tinham uma certa autonomia e mobilidade, podendo participar de irmandades religiosas, trabalhar como vendedores ambulantes, artesãos, músicos, etc., e se casar com outros escravos ou com pessoas livres. Essas atividades, porém, não significavam a libertação dos escravos, mas sim uma forma de controle e exploração dos senhores.
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