(UNIFENAS 2012)
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A acentuada crise que atinge a chamada zona do euro abrange um cenário complexo e pode ser analisada sobre várias perspectivas. A estrutura supranacional criada no pós-guerra, que reuniu a gênese da Comunidade Europeia para ampliar o espaço geoeconômico do mercado comum, parece arruinada, apesar de a União Europeia (UE) constituir hoje um bloco comunitário de relevância no cenário internacional. Considerando seus conhecimentos sobre a gênese da Comunidade Europeia que se transformou na atual União Europeia (UE), associados ao atual processo de crise que atinge a zona do euro, são feitas as seguintes observações:
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I) A integração econômica surgiu no pós-guerra como elemento chave para a reconstrução da Europa Ocidental, envolvendo França, Alemanha Ocidental, Itália, Bélgica, Holanda e Luxemburgo, com a criação da Comunidade Econômica do Carvão e do Aço (CECA) em 1952.
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II) Em 1957, o Tratado de Roma estabeleceu a Comunidade Econômica Europeia (CEE) e a Comunidade Europeia de Energia Atômica (Euratom).
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III) Posteriormente, em 1967, CECA, CEE e Euratom fundem-se, constituindo a Comunidade Europeia e iniciando a trajetória que eliminaria as restrições relacionadas à circulação de pessoas, capitais, mercadorias e serviços como prioridades à oficialização do mercado comum supranacional.
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IV) O Tratado de Maastricht, assinado em 1992, oficializou a criação da União Europeia (UE), sucessora da Comunidade Econômica Europeia e determinou a restrição à entrada de novos países-membros, iniciando o processo de retração do bloco quanto a futuras adesões.
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V) A crise europeia envolve, entre outras razões, a baixa sincronia existente entre os elementos político-institucional e econômico-financeiro na estrutura do bloco, associadas ao descontrole das contas públicas de algumas nações da zona do euro.
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VI) Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha – que formam o chamado grupo dos PIIGS – são países que se encontram em posição delicada dentro da zona do euro, pois atuaram de forma mais indisciplinada nos gastos públicos e endividaram-se excessivamente. Das afirmações acima, estão corretas:
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- A) Todas.
- B) I, II e III, apenas.
- C) II, III, IV e V, apenas.
- D) I, II, III, V e VI, apenas.
- E) I, III, IV e VI, apenas.
Resposta:
Resposta:
A alternativa correta é: D) I, II, III, V e VI, apenas.
Explicação: Todas as afirmativas apresentadas no enunciado são verdadeiras, exceto a IV. O Tratado de Maastricht, na verdade, não determinou a restrição à entrada de novos países-membros na União Europeia. Apesar disso, a UE não possui uma política de restrição de novos membros, tendo aceitado a inclusão de muitos países ao longo dos anos.
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