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A relação terapêutica é alvo de diversos estudos em psicoterapia, o que não ocorre a respeito dessa relação no processo psicodiagnóstico. Sobre a relação terapêutica no psicodiagnóstico, analise as afirmativas correlatas e a relação proposta entre elas.

I. “Em um processo psicodiagnóstico a relação estabelecida extrapola a relação avaliador-paciente, abrangendo o paciente com psicólogos de tratamentos futuros.”

PORQUE

II. “Durante a coleta de diversas informações sobre o paciente, há necessidade de assegurar consistência e confiabilidade do processo, bem como manter o foco na demanda e nos objetivos do psicodiagnóstico para o encaminhamento, na maioria das vezes, para a psicoterapia.”

Assinale a alternativa correta.

Resposta:

A alternativa correta é letra E) As afirmativas I e II são verdadeiras; a I se refere à relação terapêutica no psicodiagnóstico e a II explica os fatores que caracterizam e explicam a relação no processo psicodiagnóstico.

Gabarito: Letra E

 

Certo!  Sabemos que a opinião de um paciente sobre o psicólogo frequentemente se generaliza para além da pessoa do profissional: se estende a toda a categoria “psicólogo”.

“Quando atender seu paciente em um processo psicodiagnóstico, tenha em mente que a relação a ser estabelecida não é apenas entre o paciente e você, mas sim entre o paciente e os psicólogos. Você fará muito bem a ele caso consiga demonstrar sua confiabilidade, mas será melhor ainda se ele aceitar que pode procurar um psicólogo em qualquer momento da vida para auxiliá-lo a enfrentar suas dificuldades. Não raro, somos o primeiro psicólogo na vida do paciente, e também não é raro que o encaminhamento inclua a psicoterapia. Desse modo, acredito que o psicólogo avaliador pode ter um importante papel na aderência do paciente aos tratamentos futuros”

 

Certo!  O psicodiagnóstico é um processo científico, e por isso mesmo é fundamental assegurar a consistência e confiabilidade do processo.

 

Veja também a justificativa da banca para o gabarito:

“A questão aborda o tema da relação terapêutica e a situa no processo psicodiagnóstico, o qual, além do objetivo específico de uma dada demanda, coloca em evidência a relação de uma pessoa com a psicologia, representada pelos psicólogos. Nesse sentido, a afirmativa I demonstra exatamente a abrangência dessa relação, que é para além do processo psicodiagnóstico ao suscitar no paciente uma concepção sobre o profissional da psicologia e como o perceberá a partir dessa relação cuja gênese é a relação terapêutica no psicodiagnóstico. Essa concepção suscitada acontece porque durante da tomada de dados sobre o paciente é preciso haver confiabilidade e consistência no processo como um todo, ao mesmo tempo em que se mantem atenção no foco da demanda e nos objetivos da solicitação que motivou o psicodiagnóstico, visto ser, na maioria das vezes, para a psicoterapia, já que é sempre clínico. Essa explicação é apresentada na afirma II, a qual se relaciona à primeira por meio da conjunção explicativa porque, justamente para justificar a associação de ambas as afirmativas. Isso pode ser melhor compreendido em Hutz, Bandeira e Trentini (2016, p. 43), “acredito que existam dois aspectos principais a serem abordados aqui. Um diz respeito ao objetivo da relação no psicodiagnóstico e o outro ao seu limite. O objetivo é estabelecer um senso de colaboração e confiança. Esse trabalho em conjunto é essencial para a coleta de informações fidedignas e sinceras, de modo que o paciente possa se expor e confiar na devolução e nos encaminhamentos do psicólogo. Quando atender seu paciente em um processo psicodiagnóstico, tenha em mente que a relação a ser estabelecida não é apenas entre paciente e você, mas sim entre o paciente e os psicólogos. Você fará muito bem a ele, caso consiga demonstrar sua confiabilidade, mas será melhor ainda se ele aceitar que pode procurar um psicólogo em qualquer momento da vida para auxiliá-lo a enfrentar suas dificuldades. Não raro somos o primeiro psicólogo na vida do paciente e também não é raro que o encaminhamento inclua a psicoterapia. Desse modo, acredito que o psicólogo avaliador pode ter um importante papel na aderência do paciente aos tratamentos futuros”. Tendo isso em vista, dado que a questão traz a conjunção explicativa porque na relação entre as afirmativas I e II, a opção E (As afirmativas I e II são verdadeiras; a I se refere à relação terapêutica no psicodiagnóstico e a II explica os fatores que caracterizam e explicam a relação no processo psicodiagnóstico) é a única que mostra tal relação evidenciando a referida diferença utilizando, inclusive, a palavra explica para sinalizar a justificativa e fatores inerentes a relação terapêutica no psicodiagnóstico”

 

Nosso gabarito é Letra E

 

Fonte: Psicodiagnóstico [recurso eletrônico] / Organizadores, Claudio Simon Hutz ... [et al.]. – Porto Alegre : Artmed, 2016. e-PUB

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