De acordo com a autora Arzeno, “o psicodiagnóstico é um estudo profundo da personalidade, do ponto de vista fundamentalmente clínico. Ela relata que, quando o objetivo do estudo é outro (trabalhista, educacional, forense etc.), o psicodiagnóstico é anterior e serve de base para as conclusões necessárias em outras áreas”. Sobre o enquadre no processo psicodiagnóstico, analise as afirmativas a seguir.
I. Em todas as atividades clínicas, e dentre elas se inclui o psicodiagnóstico, é necessário partir de um enquadre.
II. Alguns profissionais afirmam que trabalham sem enquadre. Esta afirmação, no entanto, encerra uma falácia, pois essa posição de não enquadre já é por si só uma forma de enquadre, em todo caso do tipo laissez-faire.
III. A qualidade e o grau da patologia do consultante nos obrigam a adaptar o enquadre a cada caso. Não é possível trabalhar da mesma forma com um paciente neurótico, com um psicótico, ou com um psicopata grave.
IV. A idade do paciente não influi no enquadre escolhido; é impossível trabalhar sem um enquadre. Entretanto, não existe um único enquadre.
Está correto o que se afirma apenas em
- A) I e II.
- B) I e IV.
- C) I, II e III.
- D) II, III e IV.
Resposta:
A alternativa correta é letra C) I, II e III.
Gabarito: Letra C
De acordo com a autora Arzeno, “o psicodiagnóstico é um estudo profundo da personalidade, do ponto de vista fundamentalmente clínico. Ela relata que, quando o objetivo do estudo é outro (trabalhista, educacional, forense etc.), o psicodiagnóstico é anterior e serve de base para as conclusões necessárias em outras áreas”. Sobre o enquadre no processo psicodiagnóstico, analise as afirmativas a seguir.
Certo! O enquadre é fundamental na prática clínica.
“Em todas as atividades clinicas, e entre elas se inclui o psicodiagnóstico, é necessário partir de um enquadre. O enquadre pode ser mais estrito, mais amplo, mais permeável ou mais plástico, conforme as diferentes modalidades do trabalho individual ou conforme as normas da instituição na qual se trabalhe. Varia de acordo com o enfoque teórico que serve como marco referencial predominante para o profissional, conforme a sua formação (seus antecedentes genealógicos, dizia Heinrich Racker), suas características pessoais e também conforme as características do consultante.”
II. Alguns profissionais afirmam que trabalham sem enquadre. Esta afirmação, no entanto, encerra uma falácia, pois essa posição de não enquadre já é por si só uma forma de enquadre, em todo caso do tipo laissez-faire.
Certo! Veja o que diz Arzeno:
“Alguns profissionais afirmam que trabalham sem enquadre. Esta afirmação, no entanto, encerra uma falácia, pois essa posição de não-enquadre já é por si mesma uma forma de enquadre, em todo caso do tipo laissez-faire. Cada profissional assume um sistema de trabalho que o caracteriza, além das variáveis que possa introduzir no caso”
Certo! Veja o que diz Arzeno:
“A qualidade e grau da patologia do consultante nos obrigam a adaptar o enquadre a cada caso. Não é possível trabalhar da mesma forma com um paciente neurótico, com um psicótico ou com um psicopata grave. Cada caso implica diferentes graus de plasticidade. Uma pessoa absolutamente dependente exigirá esclarecimentos permanentes do que deve ou não fazer, enquanto que outros sentirão nossas intervenções como interferências desagradáveis. Um psicopata precisa ser limitado constantemente. O psicótico exige de nossa parte uma total concentração, precisa ser limitado, mas também cuidado, protegido ... e precisamos também proteger-nos.”
Errado. A idade é um fator fundamental para escolha do enquadre.
“A idade do paciente também influi no enquadre escolhido. Com uma criança pequena, sentaremos para brincar no chão se ela assim o solicitar: mas não com um adulto. Com adolescentes, sabemos que precisamos ser mais tolerantes quanto á sua freqüência, sua pontualidade e suas resistências para realizar certos testes dos quais "não gostam". Talvez queiram antes acabar de escutar uma música em seu toca-fitas. A escutaremos até ele dizer que podemos começar. Talvez fizéssemos o mesmo com uma criança ou com um adulto psicótico. Conclusão: é impossível trabalhar sem um enquadre, mas não existe um único enquadre.”
Nosso gabarito é Letra C.
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