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Sobre o Psicodiagnóstico é correto afirmar que:

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Resposta:

A alternativa correta é letra D) pressupõe a adoção de um ponto de vista científico sobre o fenômeno avaliado.

     

A questão está baseada no seguinte texto:

 

"Compreendemos que o psicodiagnóstico é um procedimento científico de investigação e intervenção clínica, limitado no tempo, que emprega técnicas e/ou testes com o propósito de avaliar uma ou mais características psicológicas, visando um diagnóstico psicológico (descritivo e/ou dinâmico), construído à luz de uma orientação teórica que subsidia a compreensão da situação avaliada, gerando uma ou mais indicações terapêuticas e encaminhamentos.

 

Assim, o psicodiagnóstico pressupõe a adoção de um ponto de vista científico sobre o fenômeno avaliado. Em psicologia, acreditamos que esse caráter científico é adquirido por meio de métodos e técnicas de intervenção, com base em teorias psicológicas.

(...)

Psicodiagnóstico é um processo científico, limitado no tempo, que utiliza técnicas e testes psicológicos (input), em nível individual ou não, seja para entender problemáticas à luz de pressupostos teóricos, identificar e avaliar aspectos específicos, seja para classificar o caso e prever seu curso possível, comunicando os resultados (output), na base dos quais são propostas soluções, se for o caso. (Cunha, 2000, p. 26, grifo nosso).

(...)

O psicodiagnóstico abrange qualquer tipo de avaliação psicológica de caráter clínico que se apoie em uma teoria psicológica de base e que adote uma ou mais técnicas (observação, entrevista, testes projetivos, testes psicométricos, etc.) reconhecidas pela ciência psicológica. Não sugerimos a adoção do termo para situações avaliativas em contextos jurídicos ou organizacionais, uma vez que, nessas situações, estão presentes outras variáveis geralmente não encontradas no contexto clínico, como a simulação e dissimulação conscientes. Também não compreendemos que o psicodiagnóstico se limite, em todos os casos, a uma avaliação de sinais e sintomas, tendo com resultado apenas um diagnóstico nosológico, o que se aproximaria muito de uma avaliação psiquiátrica.

(...)

Um psicodiagnóstico tem mais chances de ser bem-sucedido quando há uma boa pergunta a ser respondida. Essa pergunta nem sempre é formulada com clareza pelo paciente que busca avaliação, uma vez que, em muitas ocasiões, ele próprio não tem condições de perceber as razões do seu sofrimento.

(...)

Como se trata de um processo de caráter científico, o psicodiagnóstico não prescinde da construção de hipóteses. Nesse sentido, boas perguntas são aquelas que auxiliam o profissional a confirmar ou a refutar determinadas hipóteses por exemplo, em um caso de uma criança encaminhada para avaliação por estar com dificuldades de leitura e escrita, não conseguindo acompanhar o desempenho da turma. Aqui temos boas perguntas a responder: teria ela um transtorno específico de aprendizagem? Questões emocionais e/ou familiares estariam interferindo nos processos de aprendizagem de leitura e escrita? Haveria alguma questão neurológica envolvida? Poderíamos pensar em transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH)? Quais demandas psíquicas não estariam sendo atendidas, gerando, consequentemente, o sintoma?"

 

Fonte: "Psicodiagnóstico" (Hutz et al.)

 

Com isso, encontramos a resposta na Letra D.

 

a)  como se trata de um processo de caráter científico, o psicodiagnóstico prescinde da construção de hipóteses.

 

b)  tem mais chances de ser bem-sucedido quando há uma boa pergunta a ser respondida. Essa pergunta, geralmente, é formulada com clareza pelo paciente que busca avaliação.

 

c)  se limita, em alguns casos, a uma avaliação de sinais e sintomas, tendo com resultado um diagnóstico nosológico, o que se aproximaria muito de uma avaliação psiquiátrica.

 

d)  pressupõe a adoção de um ponto de vista científico sobre o fenômeno avaliado.

 

e)  é um processo científico, limitado no tempo, que utiliza técnicas e testes psicológicos, apenas em nível individual, para avaliar aspectos específicos a fim de classificar o caso e prever seu curso possível, comunicando os resultados na base dos quais são propostos tratamentos.

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