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O psicodiagnóstico com idosos inicia-se com a entrevista de anamnese, que busca o conhecimento da demanda e a elaboração de hipóteses diagnósticas. A seguir, o psicólogo monta uma bateria de testes, fazendo então a correção e a interpretação de seus resultados. Depois, é preciso um raciocínio clínico que busque integrar dados dos testes com dados da história clínica e de vida do paciente, assim como suas queixas, sinais e sintomas, visando a uma compreensão dinâmica de seu funcionamento, de suas potencialidades e de suas dificuldades (Hutz & cols., 2016). Assinale a alternativa incorreta.

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Resposta:

A alternativa correta é letra D) O paciente idoso não é uma fonte de informação fidedigna sobre seu desempenho atual. Por isso, devem-se averiguar os dados obtidos por meio de entrevista com um informante. O informante deve, necessariamente, ser alguém da família do paciente.

Gabarito Letra D

O psicodiagnóstico com idosos inicia-se com a entrevista de anamnese, que busca o conhecimento da demanda e a elaboração de hipóteses diagnósticas. A seguir, o psicólogo monta uma bateria de testes, fazendo então a correção e a interpretação de seus resultados. Depois, é preciso um raciocínio clínico que busque integrar dados dos testes com dados da história clínica e de vida do paciente, assim como suas queixas, sinais e sintomas, visando a uma compreensão dinâmica de seu funcionamento, de suas potencialidades e de suas dificuldades (Hutz & cols., 2016).

Assinale a alternativa incorreta.
a)  Na entrevista clínica com idosos, é importante identificar fatores sociodemográficos e alterações sensoriais, motoras e cognitivas que acompanham o envelhecimento e podem influenciar os resultados dos testes administrados.

Certo! Veja o que diz o autor:

Na entrevista clínica com idosos, é importante identificar fatores sociodemográficos e alterações sensoriais, motoras e cognitivas que acompanham o envelhecimento e podem influenciar os resultados dos testes administrados. No Brasil, muitos idosos apresentam baixa escolaridade e poucos hábitos de leitura e escrita. Todos esses fatores podem afetar os resultados da avaliação, especialmente em tarefas de linguagem ou até mesmo na compreensão das instruções mais complexas dos testes. Portanto, o clínico deve fazer uso de instrumentos que disponibilizem normas por idade e escolaridade, uma vez que essa é uma variável que impacta no desenvolvimento e no declínio cognitivo (Bueno & Dalgalarrondo, 2013; Parente, Carthery-Goulart, Zimmermann, & Fonseca, 2012). Por exemplo, dois idosos de 65 anos, de diferentes níveis de escolaridade, podem ter desempenhos diferentes nos testes, mas não necessariamente aquele que apresentar pontuação mais baixa tem um transtorno neurocognitivo.”


b)  Na entrevista clínica, deve-se questionar a profissão e a rotina do idoso antes de iniciar com as queixas de declínio cognitivo, para verificar se costumava fazer atividades como leitura, escrita e cálculos, e se essas se mostram atualmente comprometidas na avaliação.

Certo! Veja o que diz o autor:

“Ainda, na entrevista clínica, deve-se questionar a profissão e a rotina do idoso antes de iniciar com as queixas de declínio cognitivo, para verificar se costumava fazer atividades como leitura, escrita e cálculos, e se essas se mostram atualmente comprometidas na avaliação. As diferenças entre os níveis de atividades atuais e prévios são fundamentais na avaliação em casos de suspeita de transtorno neurocognitivo. Nem sempre o prejuízo detectado condiz com perda de desempenho em relação ao funcionamento durante a vida, ou seja, alguns prejuízos cognitivos podem estar presentes durante toda a vida. Nesses casos, a entrevista inicial é a ferramenta que temos para identificar o funcionamento prévio do paciente, como ele se comportava e o que era capaz de realizar.”


c)  Deve-se analisar também quanto as queixas trazidas pelo paciente e por seus familiares estão impactando a independência funcional e a rotina do paciente. Por isso, é importante verificar quais atividades ele consegue fazer sem ajuda e para quais precisa de supervisão.

Certo! Veja o que diz o autor:

“Em uma avaliação psicológica para o diagnóstico de transtorno neurocognitivo, deve-se analisar também o quanto as queixas trazidas pelo paciente e por seus familiares estão impactando na independência funcional e na rotina do paciente. Assim, é importante incluir na entrevista clínica informações sobre a rotina do idoso e quais atividades ele consegue fazer sem ajuda e para quais precisa de supervisão. Nessa entrevista, podem ser utilizadas as escalas de atividades da vida diária, que incluem questões sobre o quanto o indivíduo é independente para tomar banho, vestir-se, ir ao banheiro, deitar e levantar da cama, alimentar-se, usar o telefone, locomover-se por meio de transporte, fazer compras, arrumar a casa, preparar a comida, lavar roupa, cuidar do dinheiro e tomar medicamentos.”


d)  O paciente idoso não é uma fonte de informação fidedigna sobre seu desempenho atual. Por isso, devem-se averiguar os dados obtidos por meio de entrevista com um informante. O informante deve, necessariamente, ser alguém da família do paciente.

Errado. O informante deve ser próximo do paciente, não necessariamente da família.

“Contudo, justamente pelas alterações cognitivas, o paciente com suspeita de transtorno neurocognitivo não é uma fonte de informação fidedigna sobre seu desempenho atual. Por isso, devemos averiguar os dados obtidos por meio de entrevista com um informante O informante deve, necessariamente, ser próximo ao paciente e conviver com ele. Na maioria dos casos, trata-se de alguém da família do paciente e também quem o acompanha na consulta, como cônjuges e filhos. Contudo, em diversas ocasiões, é preciso entrevistar profissionais que acompanham o paciente em casa, como técnicos de enfermagem e/ou “cuidadores” em geral. Essa recomendação vale para pacientes mantidos em suas casas, mas com profissionais contratados pela família, responsáveis pela atenção diária e pelos cuidados do idoso. Nos casos em que o idoso estiver institucionalizado, o informante deve ser alguém que o acompanha na casa geriátrica ou instituição de saúde. Portanto, o informante precisa ser alguém que tem contado direto e, preferencialmente, diário com o paciente. A entrevista com o informante deve abranger os mesmos aspectos da anamnese com o paciente”


e)  Em diversas ocasiões, é preciso entrevistar profissionais que acompanham o paciente em casa, como técnicos de enfermagem e/ou “cuidadores” em geral. Nos casos em que o idoso estiver institucionalizado, o informante precisa ser alguém que tem contato direto, e preferencialmente diário, com o paciente.

Certo! Essa informação também está no trecho apresentado na afirmativa anterior.

 

Assim, nosso gabarito é Letra D

 

Fonte: HUTZ, C. S. et al. (Org.). Psicodiagnóstico. Porto Alegre: Artmed, 2016.

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