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Acerca dos modelos de avaliação psicológica e psicodiagnóstico, julgue os itens a seguir.

I. Nos modelos mais tradicionais de realizar avaliações psicológicas ou psicodiagnóstico, ainda vigentes no Brasil e no mundo, o foco é a coleta de informações sobre o cliente.

II. Perspectivas emergentes compreendem o desempenho nos testes como algo a ser colaborativamente explorado, visando ampliar uma compreensão de fenômenos que são fruto de um contexto.

III. A avaliação terapêutica é baseada em princípios humanísticos/fenomenológicos e intersubjetivos, porém não está atrelada a uma abordagem teórica ou técnica específica.

Assinale a alternativa correta.

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Resposta:

A alternativa correta é letra E) Todos os itens estão certos.

Gabarito Letra E

 

 

 Certo! Veja:

Nos modelos mais tradicionais de realizar avaliações psicológicas ou psicodiagnóstico, ainda vigentes no Brasil e no mundo, o foco é a coleta de informações sobre o cliente ou clientes (família, empresas, contexto judiciário e assim por diante), com o objetivo de fazer indicações terapêuticas ou outros tipos de intervenção mais adequadas para a dada situação. Usam-se testes que avaliam o que se quer saber sobre a pessoa, comparam-se seus resultados com dados normativos, obtém-se um perfil que descreve o grau em que aquele aspecto aparece na pessoa e em que medida isso é esperado para a população em geral. Havendo desvios importantes com relação aos valores médios da população, isso terá implicações nas decisões a serem tomadas dali para frente, sendo, na melhor das hipóteses, decisões sobre seu tratamento.”

 

Certo! Veja:

 “Entretanto, paralelamente ao predomínio do modelo mais tradicional, um outro movimento surgiu com base nas teorias humanistas e fenomenológicas, principalmente de origem norte-americana. Em um texto que lança as bases para um novo paradigma no uso de testes e métodos de avaliação, Fischer (1979) enfatiza a avaliação como um processo intersubjetivo de construção. Para a autora, os testes são versões simplificadas dos desafios comuns que os clientes enfrentam em suas vidas, portanto as pessoas se desempenham nos testes de modo semelhante a como se desempenham em eventos e situações similares fora do consultório. Assim, nada melhor que transformar a avaliação em uma experiência de interação entre avaliador e cliente, mediada por algumas tarefas, os testes e outros procedimentos. Finn (2017) acrescenta que cabe ao avaliador “manter o foco nos fatores contextuais que influenciam o comportamento, porque é aqui que as coisas ficam interessantes quando se está tentando ajudar as pessoas a superar problemas vividos” (p. 246). Assim, o desempenho nos testes é algo a ser colaborativamente explorado visando ampliar uma compreensão de fenômenos que são fruto de um contexto e que, portanto, podem se manifestar em uma circunstância, mas não em outra.”

 

Certo! Veja:

A AT [avaliação terapêutica] consiste uma metodologia desenvolvida por Stephen Finn, Constance Fischer e outros colaboradores (Finn, 2015; 2017; Finn, & Kamphuis, 2006;Finn, & Martin, 2013; Finn, & Tonsager, 1997; Finn, v & Handler, 2012; Tharinger et al., 2008; Tharinger, Finn, Wilkinson, & Schaber, 2007; Tharinger, Gentry, & Finn, 2013), baseada em princípios humanísticos/fenomenológicos e intersubjetivos, porém não atrelada a uma abordagem teórica ou técnica específica. Trata-se de um processo no qual dois observadores (avaliador e avaliado) produzem uma compreensão construída por meio do compartilhamento de observações dos problemas expostos pelo avaliado, considerando três aspectos: os valores do avaliado; as teorias leigas do avaliado e as teorias profissionais do avaliador. Nesse contexto, os testes psicológicos são elementos cruciais da AT, pois representam situações controladas para observar e definir uma realidade. Uma definição do problema em questão a ser mutuamente acordada, para entender, contextualizar e intervir nos comportamentos problemáticos dos clientes (Krishnamurthy, Finn, & Aschieri, 2016).”

 

Assim, I, II e III estão corretas.

Gabarito Letra E

 

Fonte: Villemor-Amaral, Anna Elisa de e Resende, Ana CristinaNovo Modelo de Avaliação Psicológica no Brasil. Psicologia: Ciência e Profissão [online]. 2018, v. 38, n. spe [Acessado 22 Agosto 2022] , pp. 122-132.

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