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Sobre o Psicodiagnóstico é correto afirmar, EXCETO: (Cunha, 2000, p. 19)

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Resposta:

A alternativa correta é letra C) A percepção de que era necessário algum tipo de padronização que criasse um campo comum às diferentes correntes de pensamento nunca foi de fato reconhecida ou estabelecida.

Gabarito: Letra C

Sobre o Psicodiagnóstico é correto afirmar, EXCETO: (Cunha, 2000, p. 19)
a)  O psicodiagnóstico é considerado como a primeira e indispensável etapa da psicoterapia.

Certo! Essa é uma forma de encarar o psicodiagnóstico.

“O prestígio da atividade psicodiagnóstica e sua conseqüente relação com a atividade psicoterapêutica, entretanto, tem variado ao longo do tempo, em um leque que abrange desde posições em que o psicodiagnóstico é considerado como a primeira e indispensável etapa da psicoterapia até posições que o consideram "inútil", "desumanizante" ou "autoritário". Também sua prática, e as técnicas nela envolvidas, tem variado ao longo do tempo, ora privilegiando instrumentos de medida, como testes e escalas, ora privilegiando o papel do investigador, como nas entrevistas clínicas.”


b)  Psicodiagnóstico é uma avaliação psicológica feita com propósitos clínicos, portanto, não abarca todos os modelos de avaliação psicológica de diferenças individuais.

Certo! Veja:

“A testagem pode ser um passo importante do processo, mas constitui apenas um dos recursos de avaliação possíveis. Psicodiagnóstico é uma avaliação psicológica, feita com propósitos clínicos; portanto, não abarca todos os modelos de avaliação psicológica de diferenças individuais (Cunha et alii, 1993; Cunha, 1996).”


c)  A percepção de que era necessário algum tipo de padronização que criasse um campo comum às diferentes correntes de pensamento nunca foi de fato reconhecida ou estabelecida.

Errado. Essa percepção foi, sim, reconhecida.

“Em uma de suas vertentes, aquela mais diretamente ligada ao psicodiagnóstico, o debate levou a comunidade científica à percepção de que era necessário algum tipo de padronização que criasse um campo comum às diferentes correntes de pensamento, estabelecendo bases para um debate frutífero. A idéia de um sistema de classificação diagnóstica unificada foi conseqüência do desenvolvimento, no século XIX, dos serviços de saúde pública e sua necessidade de estatísticas confiáveis (OMS, 1993; APA, 1995; Lopes, 1997). Na área específica da saúde mental, no entanto, a primeira iniciativa internacional consolidada surgiu em 1948, como uma seção da sexta edição da Classificação Internacional de Doenças (CID-6), publicada pela Organização Mundial da Saúde. Em 1952, a Associação Psiquiátrica Americana (APA) publicou a primeira edição de seu Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-I). A partir daí, e sucessivamente, o sistema de diagnóstico e classificação tem evoluído através de várias revisões e aperfeiçoamentos que, se ainda não mostram uma clara convergência em direção à pretendida base comum, já são um evidente fruto do debate e do diálogo entre os principais grupos de pesquisadores da área. Atualmente, o sistema se manifesta na publicação do CID-10 (OMS, 1993) e do DSM-IV (APA, 1995). A característica mais típica desse sistema, em seu atual estágio, é uma metodologia descritiva fortemente baseada em evidências empíricas que busca a neutralidade em relação às teorias etiológicas sobre as doenças, em boa parte herança da tradição médica, ou, mais especificamente, da fenomenologia psiquiátrica.1”

 

d)  O psicodiagnóstico é um tipo de avaliação psicológica estreitamente vinculado à prática clínica em saúde mental.

Certo! Veja:

“"Psicodiagnóstico é uma avaliação psicológica feita com propósitos clínicos; portanto, não abarca todos os modelos de avaliação psicológica de diferenças individuais" (Cunha, 2000c, p. 19) Em outras palavras, o psicodiagnóstico é um tipo de avaliação psicológica estreitamente vinculado à prática clínica em saúde mental. Assim, durante o século XX, o prestígio do psicodiagnóstico e a prática concreta das estratégias de avaliação psicodiagnósticas refletiram o debate teórico, que vem marcando o campo da saúde mental desde seus primórdios, entre as "principais correntes de pensamento que salientaram, cada uma, a primazia do comportamento, do afeto e da cognição na organização e no funcionamento do psiquismo humano" (idem, ibidem).”

 

Nosso gabarito é Letra C.

 

Fonte: Jurema Alcides Cunha. Psicodiagnóstico-V.– 5. ed. rev. e ampl. – – Porto Alegre : Artmed, 2007.

Balieiro Junior, Ari Pedro. Psicodiagnóstico e psicoterapia dimensões e paradoxos. Psicologia: Ciência e Profissão [online]. 2005, v. 25, n. 2

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