Um psiquiatra encaminhou um de seus pacientes adultos, diagnosticado com um transtorno mental grave e possível quadro de delírio, para a realização de uma avaliação psicológica. Nesse caso, o psicólogo a quem a solicitação foi feita deve, inicialmente,
- A) entrevistar o paciente e informá-lo a respeito do pedido encaminhado pelo psiquiatra que está acompanhando o seu caso.
- B) entrevistar os familiares ou responsáveis pelo paciente, porque este foi diagnosticado com um transtorno mental grave.
- C) realizar um contato direto com o psiquiatra que solicitou a avaliação, para esclarecer os dados que motivaram o encaminhamento.
- D) entrar em contato com o paciente, para que este decida com quem ele acha mais apropriado que seja estabelecido o primeiro contato.
- E) entrevistar o psiquiatra que solicitou a avaliação, para levantar com ele as hipóteses que nortearão o processo de avaliação.
Resposta:
A alternativa correta é letra C) realizar um contato direto com o psiquiatra que solicitou a avaliação, para esclarecer os dados que motivaram o encaminhamento.
Gabarito Letra C
Um psiquiatra encaminhou um de seus pacientes adultos, diagnosticado com um transtorno mental grave e possível quadro de delírio, para a realização de uma avaliação psicológica. Nesse caso, o psicólogo a quem a solicitação foi feita deve, inicialmente,
a) entrevistar o paciente e informá-lo a respeito do pedido encaminhado pelo psiquiatra que está acompanhando o seu caso.
b) entrevistar os familiares ou responsáveis pelo paciente, porque este foi diagnosticado com um transtorno mental grave.
c) realizar um contato direto com o psiquiatra que solicitou a avaliação, para esclarecer os dados que motivaram o encaminhamento.
d) entrar em contato com o paciente, para que este decida com quem ele acha mais apropriado que seja estabelecido o primeiro contato.
e) entrevistar o psiquiatra que solicitou a avaliação, para levantar com ele as hipóteses que nortearão o processo de avaliação.
Hutz e cols dividem o processo psicodiagnóstico em 8 etapas:
“1. Determinar os motivos da consulta e/ou do encaminhamento e levantar dados sobre a história pessoal (dados de natureza psicológica, social, médica, profissional, escolar).
2. Definir as hipóteses e os objetivos do processo de avaliação. Estabelecer o contrato de trabalho (com o examinando e/ou responsável).
3. Estruturar um plano de avaliação (selecionar instrumentos e/ou técnicas psicológicas).
4. Administrar as estratégias e os instrumentos de avaliação.
5. Corrigir ou levantar, qualitativa e quantitativamente, as estratégias e os instrumentos de avaliação.
6. Integrar os dados colhidos, relacionados com as hipóteses iniciais e com os objetivos da avaliação.
7. Formular as conclusões, definindo potencialidades e vulnerabilidades.
8. Comunicar os resultados por meio de entrevista de devolução e de um laudo/relatório psicológico. Encerrar o processo de avaliação.”
Como o paciente foi encaminhado, o primeiro passo é determinar os motivos do encaminhamento,
entrando em contato com o psiquiatra que o fez. Isso é importante porque:
“O processo tem início no encaminhamento, que é o que justifica a sua realização. Vários são os profissionais que podem solicitar a avaliação psicológica, como neurologistas, psiquiatras, pedagogos, entre outros. No entanto, muitas vezes o encaminhamento é vago, cabendo ao psicólogo o seu esclarecimento prévio, para então ter certeza de que a indicação é, de fato, para um psicodiagnóstico.”
A alternativa que traz corretamente essa resposta é a Letra C, realizar um contato direto com o psiquiatra que solicitou a avaliação, para esclarecer os dados que motivaram o encaminhamento.
A alternativa E também diz que o primeiro contato deve ser com quem fez o encaminhamento, entretanto, pede que o psicólogo levante hipóteses junto com o psiquiatra, o que não seria adequado no processo.
Nosso gabarito fica, então, Letra C.
Referência
HUTZ, C. S. BANDEIRA, D.R; TRENTINI, C. M.; KRUG, J. S. Psicodiagnóstico. Porto Alegre: Artmed, 2016.
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