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Para RIBEIRO (2013) o psicodiagnóstico é um momento extremamente delicado e complexo na direção da compreensão do ser humano em processo terapêutico. Assim, assinale a alternativa em que NÃO se configura uma característica do psicodiagnóstico.

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Resposta:

A alternativa correta é letra E) É uma enumeração mais ou menos coerente de vícios ou qualidades da pessoa em processo terapêutico.

Gabarito Letra E

Para RIBEIRO (2013) o psicodiagnóstico é um momento extremamente delicado e complexo na direção da compreensão do ser humano em processo terapêutico. Assim, assinale a alternativa em que NÃO se configura uma característica do psicodiagnóstico.

a)  É realizado formalmente, embora estejamos fazendo-o a cada instante, a cada contato com a pessoa em processo terapêutico.

Certo! O psicodiagnóstico formal é um processo limitado no tempo, mas na prática clínica o profissional avalia e reavalia o paciente a cada instante.

“Na realidade, o que prepara um excelente psicodiagnóstico são sólidos conceitos, pesquisas atuais na área da infância, adolescência, psicopatologia, além de uma formação sólida do próprio psicoterapeuta – que é o seu próprio e melhor instrumento de trabalho. Embora tenhamos, às vezes, de realizar o psicodiagnóstico formalmente, nós o estamos fazendo a cada instante, a cada contato com nossos clientes.”

 

b)  É apenas uma indicação de probabilidade, é um caminho a ser palmilhado cuidadosamente, onde a criatividade do psicoterapeuta completa o quadro e o permite definir-se.

Certo! O psicodiagnóstico não é um exame objetivo e infalível.

“A pessoa humana é inatingível em sua totalidade, ficando o psicodiagnóstico como uma leitura do outro, como indicação de probabilidade, como um farol que, de quando em quando, manda um facho de luz, um rumo a ser seguido, sobretudo para os que não conhecem o caminho. (...) Psicodiagnóstico significa, pura e simplesmente, leitura da alma. Por natureza, será sempre algo inacabado. É apenas uma indicação de probabilidade, um caminho a ser palmilhado cuidadosamente, no qual a criatividade do psicoterapeuta, unida a uma crítica severa e científica da realidade total, completa o quadro e permite que ele se defina. O psicodiagnóstico revela um lado permanente do outro e talvez oculte aquele seu lado dinâmico, submetido ao um contínuo vir a ser e no qual o atualizar-se passa a ser o outro lado permanente da mudança.”

 

c)  É um corte importante, dentro do processo terapêutico ou antecedente a ele no sentido de, tendo compreendido melhor a dinâmica do indivíduo, dar-lhe suporte para caminhar para uma utilização mais pronta e eficaz de seus próprios recursos.

Certo! A função do psicodiagnóstico é compreender melhor o indivíduo, e assim consequentemente o profissional terá mais recurso para oferecer suporte para esse caminhar.

“O psicodiagnóstico é fruto de um corte importante no já sabido, no já dito ou previsto, ele nos remete à primeira camada do ser, lá onde nada nos pode ajudar senão uma posição de estar com, de escuta do ser, à espera de que ele se revele a partir dele. O ser sai da clandestinidade quando passamos a olhá-lo não esperando nada dele. Ele só se revela a quem se abre para recebê-lo. Só assim nos é dado compreender melhor a dinâmica do indivíduo para lhe dar suporte para caminhar, livre e responsavelmente, para uma utilização mais pronta e eficaz de seus próprios recursos.”

 

d)  É uma leitura da totalidade de tal modo que a pessoa possa lidar com esperanças concretas de mudança a partir do bom e do bem que estão ali disponíveis, à espera de serem prontamente mobilizados.

Certo! Veja:

“O psicodiagnóstico não fecha, abre, não visa mostrar doenças, mas saúde. Mais do que o lado negativo, ele revela o lado positivo das pessoas. Se o psicodiagnóstico é uma leitura, deve ser uma leitura da totalidade existencial e do sentido da pessoa, de tal modo que ela possa lidar com esperanças concretas de mudança a partir do bom e do bem que estão ali, nele, nela, disponíveis, à espera de ser prontamente mobilizados.”

 

e)  É uma enumeração mais ou menos coerente de vícios ou qualidades da pessoa em processo terapêutico.

Errado. O psicodiagnóstico não é e nem pode ser uma enumeração de vícios e qualidades.

“Num segundo momento, o psicodiagnóstico deixa de ser um instrumento técnico e passa a ser o resultado de um processo complexo de compreensão do comportamento humano. Não é nem pode ser uma simples enumeração, mais ou menos coerente, de disfunções, transtornos ou qualidades de alguém. Diagnosticar significa apontar relações psicodinâmicas, às vezes do tipo causa-efeito; significa revelar sintomas e seu significado dentro de uma totalidade humana, vivida por alguém e que leva à percepção de um centro responsável pela unidade fundamental do comportamento chamada self e/ou eu e/ou personalidade, ainda que esta esteja funcionando disfuncionalmente.”

 

Nosso gabarito é Letra E

 

Fonte: Ribeiro, Jorge Ponciano Psicoterapia: teorias e técnicas psicoterápicas / Jorge Ponciano Ribeiro. – 2. ed. rev. e ampliada. – São Paulo: Summus, 2013.

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