Segundo Jurema Alcides Cunha, no livro Psicodiagnóstico V, quais são os objetivos de um psicodiagnóstico?
- A) Classificação simples, descrição, encaminhamento clínico, diagnóstico diferencial, avaliação compreensiva, perícia civil, prevenção, prognóstico, laudo diferencial e perícia forense.
- B) Classificação simples, descrição, avaliação discriminativa, diagnóstico diferencial, avaliação compreensiva, direcionamento clínico, perícia civil, prevenção, prognóstico e perícia forense.
- C) Classificação simples, descrição, classificação nosológica, diagnóstico diferencial, avaliação compreensiva, entendimento dinâmico, prevenção, prognóstico e perícia forense.
- D) Classificação simples, descrição, encaminhamento clínico, diagnóstico diferencial, avaliação compreensiva, direcionamento clínico, prevenção, prognóstico e perícia forense.
Resposta:
A alternativa correta é letra C) Classificação simples, descrição, classificação nosológica, diagnóstico diferencial, avaliação compreensiva, entendimento dinâmico, prevenção, prognóstico e perícia forense.
Segundo Jurema Alcides Cunha, no livro Psicodiagnóstico V, quais são os objetivos de um psicodiagnóstico?
Para a compreensão do assunto que traz a questão, acompanhe as possibilidades dos objetivos do psicodiagnóstico, conforme Cunha (2000, p. 27):
OBJETIVOS DO PSICODIAGNÓSTICO SEGUNDO AVALIAÇÃO | |
Objetivos | Especificação |
Classificação simples | O exame compara a amostra do comportamento do examinando com os resultados de outros sujeitos da população geral ou de grupos específicos, com condições demográficas equivalentes; esses resultados são fornecidos em dados quantitativos, classificados sumariamente, como em uma avaliação de nível intelectual |
Descrição | Ultrapassa a classificação simples, interpretando diferenças de escores, identificando forças e fraquezas e descrevendo o desempenho do paciente, como em uma avaliação de déficits neuropsicológicos. |
Classificação nosológica | Hipóteses iniciais são testadas, tomando como referência critérios diagnósticos |
Diagnóstico diferencial | São investigadas irregularidades ou inconsistências do quadro sintomático, para diferenciar alternativas diagnósticas, níveis de funcionamento ou a natureza da patologia. |
Avaliação compreensiva | É determinado o nível de funcionamento da personalidade, são examinadas as funções do ego, em especial a de insight, condições do sistema de defesas, para facilitar a indicação de recursos terapêuticos e prever a possível resposta aos mesmos |
Entendimento Dinâmico | Ultrapassa o objetivo anterior, por pressupor um nível mais elevado de inferência clínica, havendo vendo uma integração de dados com base teórica. Permite chegar a explicações de aspectos comportamentais nem sempre acessíveis na entrevista, à antecipação de fontes de dificuldades na terapia e à definição de focos terapêuticos, etc |
Prevenção | Procura identificar problemas precocemente, avaliar riscos, fazer uma estimativa de forças e fraquezas do ego, de sua capacidade para enfrentar situações novas, difíceis, estressantes. |
Prognóstico | Determina o curso provável do caso. |
Perícia Forense | Fornece subsídios para questões relacionadas com “insanidade”, competência para o exercício das funções de cidadão, avaliação de incapacidades ou patologias que podem se associar com infrações da lei, etc. |
Fonte: Cunha, Jurema e Colaboradores. Psicodiagnóstico V. Porto Alegre: Artes Médicas; 2000. |
Considerando as alternativas disponíveis, apenas a LETRA “C” identifica corretamente os objetivos do psicodiagnóstico descritos na literatura supracitada (Classificação simples, descrição, classificação nosológica, diagnóstico diferencial, avaliação compreensiva, entendimento dinâmico, prevenção, prognóstico e perícia forense). As demais alternativas utilizam de permuta ou acréscimos de termos a fim de confundir o candidato. Considerando isto, ratifica-se, portanto, que a alternativa “C” constitui, de fato, o GABARITO da questão analisada.
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