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Analise as situações seguintes.

 

I. O paciente e/ou sua família apresentam dificuldades ou resistências em relatar sinais e sintomas, minimizando informações importantes.

II. O psicólogo exibe uma postura neutra, tentando lidar com os fenômenos de contratransferência que surgem nas sessões.

III. O paciente e/ou sua família apresentam percepção distorcida dos sintomas, podendo exacerbar algumas características ou situações.

IV. O psicólogo prefere ter uma impressão particular de seu paciente, portanto não entra em contato com outros profissionais relacionados ao caso.

 

Assinale a alternativa que apresenta CORRETAMENTE as situações que comprometem o resultado final de um psicodiagnóstico.

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Resposta:

A alternativa correta é letra A) I e IV apenas.

Gabarito Letra A

Analise as situações seguintes.

 

I. O paciente e/ou sua família apresentam dificuldades ou resistências em relatar sinais e sintomas, minimizando informações importantes.

II. O psicólogo exibe uma postura neutra, tentando lidar com os fenômenos de contratransferência que surgem nas sessões.

III. O paciente e/ou sua família apresentam percepção distorcida dos sintomas, podendo exacerbar algumas características ou situações.

IV. O psicólogo prefere ter uma impressão particular de seu paciente, portanto não entra em contato com outros profissionais relacionados ao caso.

 

Assinale a alternativa que apresenta CORRETAMENTE as situações que comprometem o resultado final de um psicodiagnóstico.

 

A FUNDEP, banca responsável por essa questão, traz em quase todos os seus editais o livro Psicodiagnóstico V como referência bibliográfica, e essa questão parece ter sido tirada desse livro de Jurema Alcides Cunha, veja:

“há uma tendência para que o motivo explicitado ao psicólogo seja o menos ansiogênico e o mais tolerável para o paciente ou, ainda, para o responsável que o leva. Em geral, não é o mais verdadeiro. Conseqüentemente, há tendência para explicitação dos motivos, conforme a gradação e apropriação, pela consciência do paciente. As motivações inconscientes estão no nível mais profundo e obscuro da psique. Constituem-se nos aspectos mais verdadeiramente responsáveis pelas aflições do paciente. Cabe ao psicólogo observar, perceber, escutar com tranqüilidade, aproximar-se sem ser coercitivo, inquiridor, todo-poderoso. Somente assim se criam o silêncio necessário e o espaço para que o paciente revele sua intimidade, ou senão, denuncie os aspectos incoerentes e confusos de seus conflitos. (...)

Se a realidade está sendo distorcida, podem advir algumas dificuldades para o psicodiagnóstico, caso o psicólogo não perceba e/ou não altere essa situação. Em primeiro lugar, o processo pode ser iniciado com o conflito deslocado, comprometendo a investigação.

Quando o paciente chega por encaminhamento, deve-se esclarecer quem o encaminhou, em que circunstância ocorreu o encaminhamento e quais as questões propostas para a investigação. Isso pode ser feito ou complementado através de comunicação telefônica.

MacKinnon e Michels (1981) informam que alguns profissionais optam por esse procedimento, enquanto outros preferem desconhecer qualquer informação diversa da que lhe chega, por escrito ou verbalmente, via paciente. Conclui-se que é fundamental que o psicólogo esclareça, o mais amplamente possível e de forma objetiva, as motivações conscientes indicadas e as inconscientes envolvidas no pedido de ajuda. Cabe ter-se sempre presente que a natureza humana, como já foi dito por Heráclito, tem predileção por ocultar-se, embora a psique aspire a expressão e reconhecimento constantes.”

 

Vamos agora, a partir da bibliografia, analisar as situações apresentadas:

 

I. O paciente e/ou sua família apresentam dificuldades ou resistências em relatar sinais e sintomas, minimizando informações importantes.

Compromete resultado. Se as pessoas envolvidas no processo psicodiagnóstico ocultam ou minimizam muito informações relevantes que o psicólogo não tem condições de ter acesso de outra forma, isso pode comprometer o psicodiagnóstico.

 

II. O psicólogo exibe uma postura neutra, tentando lidar com os fenômenos de contratransferência que surgem nas sessões.

Não compromete resultado, pelo contrário. Essa é a postura que o psicólogo deve adotar.

 

III. O paciente e/ou sua família apresentam percepção distorcida dos sintomas, podendo exacerbar algumas características ou situações.

Não compromete resultado, uma vez que o psicólogo tem recursos para investigar essas características e situações, e alterar essa percepção distorcida. Caso o psicólogo não perceba essa distorção, pode sim comprometer o resultado, mas a distorção por si não necessariamente compromete o resultado.

 

IV. O psicólogo prefere ter uma impressão particular de seu paciente, portanto não entra em contato com outros profissionais relacionados ao caso.

Compromete resultado. É fundamental para que o psicodiagnóstico seja bem feito que todas as informações possíveis sejam levantadas, incluindo as que podem ser oferecidas por outras fontes, como outros profissionais relacionados ao caso.

 

Dessa forma, percebemos que o apresentado em I e IV, apenas, comprometem o resultado final de um psicodiagnóstico.

 

Gabarito Letra A.

 

Referência

CUNHA, Jurema Alcides. Psicodiagnóstico-V. 5a ed. Porto Alegre: Artmed, 2003.


 
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