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De acordo com Arzeno (1995), o psicodiagnóstico é um estudo profundo da personalidade do ponto de vista fundamentalmente clínico e é desenvolvido em etapas ou momentos específicos sem, no entanto, haver um modelo rígido a ser aplicado em todas as situações.

Nesse contexto, numere a sequência CORRETA das etapas do psicodiagnóstico.

1. 1ª etapa

2. 2ª etapa

3. 3ª etapa

4. 4ª etapa

5. 5ª etapa

( ) Reflexão sobre o material colhido, construção das hipóteses iniciais e escolha dos instrumentos diagnósticos a serem utilizados.

( ) Realização da estratégia diagnóstica planejada.

( ) Esclarecimento do motivo latente e o motivo manifesto da consulta.

( ) Análise mais profunda do material na busca de recorrências ou convergências dentro do material produzido, correlacionando os instrumentos utilizados entre si e com a história do indivíduo e da família.

( ) Solicitação da consulta até o encontro pessoal com o psicólogo.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência de números CORRETA.

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Resposta:

A alternativa correta é letra C) (3) (4) (2) (5) (1)

   
 

Para a compreensão da correção desta questão, peço ao aluno que não deixe de acompanhar as seguintes observações em destaque divididas em três partes:

1) Compreensão sobre psicodiagnóstico

2) Modelos principais e passos de um processo psicodiagnóstico

3) Análise das alternativas

 
 

1) Compreensão sobre psicodiagnóstico

 

Segundo Cunha (2005, p. 105):

 

“O processo psicodiagnóstico é um processo científico e, como tal, parte de perguntas específicas, cujas respostas prováveis se estruturam na forma de hipóteses que serão confirmadas ou não através dos passos seguintes do processo. Geralmente, temos um ponto de partida, que é o encaminhamento. Qualquer pessoa que encaminha um paciente o faz sob a pressuposição de que ele apresenta problemas que têm uma explicação psicológica.”

 
 

2) Modelos principais e passos de um processo psicodiagnóstico

 

Embora no Brasil, o modelo psicodiagnóstico compreensivo (Trinca, 1984) e a proposta fenomenológica (Ancona-Lopez, 1995) sejam frequentemente utilizadas, é o modelo sistematizado por Arzeno (2003) e Ocampo, Arzeno & Piccolo (2005), que foi sintetizado por Cunha et al. (2000), que tem norteado o trabalho de grande parte dos profissionais de psicologia.

Considerando isto, Arzeno (2003) descreve o processo Psicodiagnóstico através de sete etapas; acompanhe através da tabela a seguir:

 

Psicodiagnóstico através de sete etapas (conforme Arzeno - 2003)

1º Passo:

o primeiro passo inclui desde a solicitação da consulta pelo cliente até o primeiro encontro pessoal com o profissional. Nessa fase, é importante observar como é feito o contato inicial, quais as primeiras impressões etc.

2º Passo:

o segundo passo envolve a realização das primeiras entrevistas, quando se busca identificar o motivo latente e manifesto da consulta, as ansiedades e defesas que o paciente, pais e/ou família apresentam, as expectativas e fantasias de doença e de cura que trazem.

3º Passo:

o terceiro passo é o momento de reflexão sobre o material colhido e análise das hipóteses iniciais, para planejamento dos passos seguintes e escolha dos instrumentos diagnósticos a serem empregados.

4º Passo:

o quarto passo é o momento da realização da estratégia diagnóstica planejada – entrevistas e aplicação dos testes e técnicas selecionadas, de acordo com o caso. Em geral, age-se conforme o planejado, mas, se houver necessidade, podem-se introduzir modificações, durante o processo.

5º Passo:

o quinto passo é o momento da análise e integração dos dados levantados. É o estudo conjunto do material apreendido nas entrevistas, nos testes e na história clínica, para obter uma compreensão global do caso. [...]

6º Passo:

o sexto passo é o momento da devolução da informação, que pode ser feita em uma ou mais entrevistas. Geralmente, é realizada de forma separada – uma com o indivíduo que foi trazido como protagonista principal da consulta, e outra com os pais e o restante da família. Frequentemente, durante a entrevista devolutiva, surgem novos elementos, os quais ajudam a validar as conclusões ou esclarecer os pontos obscuros.

7º Passo:

o sétimo passo envolve a elaboração do laudo psicológico com as conclusões diagnósticas e prognósticas, incluindo as recomendações terapêuticas adequadas ao caso. A elaboração do laudo é um aspecto importante do processo, pois, quando malfeito, pode prejudicar o paciente, em vez de ajudá-lo.

 
 

3) Análise das alternativas

 

Relacionando cada uma das etapas apresentadas, enumerando-as de acordo com a descrição correspondente, tem-se a seguinte associação:

 

( 3 ) Reflexão sobre o material colhido, construção das hipóteses iniciais e escolha dos instrumentos diagnósticos a serem utilizados.

( 4 ) Realização da estratégia diagnóstica planejada.

( 2 ) Esclarecimento do motivo latente e o motivo manifesto da consulta.

( 5 ) Análise mais profunda do material na busca de recorrências ou convergências dentro do material produzido, correlacionando os instrumentos utilizados entre si e com a história do indivíduo e da família.

(1) Solicitação da consulta até o encontro pessoal com o psicólogo.

 

 

Considerando a associação apresentada, ratifica-se que a alternativa que corresponde à sequência correta é “(3) (4) (2) (5) (1)”, portanto, LETRA “C”.

 

_______________

Fonte consultada:

ARZENO, M. E. G. Psicodiagnóstico clínico. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2003.

Cunha, J. A. (2005). Psicodiagnóstico V – 5a edição revisada e ampliada. Porto Alegre: Artes Médicas Sul

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