Para avaliar as demandas e circunstâncias da vida, na avaliação psicológica de adultos, Oliveira e Silva apontam que o psicólogo precisa ficar atento aos fenômenos de:
- A) irritação; acomodação; e desejabilidade social.
- B) acomodação; dissimulação; e desejabilidade social.
- C) simulação; dissimulação; e desejabilidade social.
- D) simulação; dissimulação; e acomodação.
- E) simulação; acomodação; e irritação.
Resposta:
A alternativa correta é letra C) simulação; dissimulação; e desejabilidade social.
Gabarito: Letra C
Para avaliar as demandas e circunstâncias da vida, na avaliação psicológica de adultos, Oliveira e Silva apontam que o psicólogo precisa ficar atento aos fenômenos de:
a) irritação; acomodação; e desejabilidade social.
b) acomodação; dissimulação; e desejabilidade social.
c) simulação; dissimulação; e desejabilidade social.
d) simulação; dissimulação; e acomodação.
e) simulação; acomodação; e irritação.
Oliveira e Silva destacam que na avaliação psicológica de adultos o profissional deve se atentar a simulação, dissimulação e desejabilidade social. Veja:
“Outras variáveis que precisam ser observadas na avaliação psicológica de adultos são as demandas e circunstâncias da vida. Nível de escolarização, condições socioeconômicas e culturais, eventos de vida são alguns exemplos. O psicólogo deve estar atento a estas variáveis visto que elas influenciam diretamente as circunstâncias que trazem os adultos à avaliação e a relação com o profissional. Por exemplo, o psicólogo deve considerar o nível de escolarização e a capacidade intelectual do cliente para utilizar uma linguagem que seja adequada à sua compreensão. Diferentes condições socioeconômicas e culturais também interferem na forma de comunicação e relação com o paciente. Eventos e condições atuais da pessoa também devem ser considerados. Por exemplo, alguém que recentemente passou por um evento com forte carga emocional (ex., morte de um ente querido, divórcio etc.) pode apresentar alterações na capacidade de atenção e concentração. Outro exemplo pode ser o caso de um pai de família desempregado que esconde os sintomas de ansiedade e depressão para conseguir uma colocação em um cargo para atividades em espaço confinado. Cabe ressaltar, sobre esse último ponto, que o psicólogo precisa ficar atento aos fenômenos de simulação, dissimulação e desejabilidade social.
Apesar de os conceitos de simulação e dissimulação virem da área do Direito e serem mais aplicados ao campo da Psicologia Jurídica, eles parecem ser úteis em diferentes contextos. Para fins de conceituação, entende-se simulação como uma atitude intencional de aumentar, exagerar ou inventar sintomas e quadros psicopatológicos geralmente visando algum ganho (MacGrath, Mitchell, Kim & Hough, 2010). Dissimulação, por outro lado, é entendida como a ação intencional de ocultar informações sobre características e sintomas psicológicos com fins de também alcançar algum ganho (MacGrath et al., 2010). O conceito de desejabilidade social, por sua vez, consiste no ato de descrever-se e agir de acordo com o entendimento do que seja socialmente aprovado, aceito ou desejado, e de negar sua associação com opiniões e comportamentos que são desaprovados socialmente (Ribas, Moura & Hutz, 2004). Deve-se considerar que estes fenômenos podem ocorrer muito em função do contexto da avaliação. Avaliações psicológicas para fins jurídicos, organizacionais, de trânsito, do esporte e de porte de armas parecem ser as mais propícias para o surgimento desses fenômenos. Entretanto, os contextos clínicos, escolares, hospitalares, entre outros, não estão livres de suas apresentações”
Nosso gabarito é Letra C
Referência
Lins, M. R. C., & Borsa, J. C. (Eds.). (2017). Avaliação Psicológica: Aspectos teóricos e práticos. Petrópolis, RJ: Vozes.
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