No que se refere à história clínica, analise as afirmativas seguintes e marque a alternativa correta:
I– Ao levantar a história clínica, não se tem nenhum conhecimento das queixas ou motivos que levaram à consulta, ficando o profissional num grande vazio.
II-O primeiro contato com o paciente permite somente descrever a sua aparência e obter informações superficiais na sua história clínica.
III– Quanto mais severo o estado do, paciente, tanto mais o trabalho do psicólogo se assemelhará ao do psiquiatra, fazer uma avaliação mais descritiva ou de classificação nosológica.
IV– Dependendo dos objetivos, a tarefa do psicólogo pode se restringir à historia e ao exame do paciente, sem a administração de testes.
- A) Somente as afirmativas I e III estão corretas.
- B) Somente as afirmativas II e III estão corretas.
- C) Somente as afirmativas III e IV estão corretas.
- D) Somente as afirmativas II e IV estão corretas.
- E) Todas as afirmativas estão corretas.
Resposta:
A alternativa correta é letra C) Somente as afirmativas III e IV estão corretas.
Gabarito: Letra C
No que se refere à história clínica, analise as afirmativas seguintes e marque a alternativa correta:
I- Ao levantar a história clínica, não se tem nenhum conhecimento das queixas ou motivos que levaram à consulta, ficando o profissional num grande vazio.
Errado. Na maioria das vezes, o profissional já tem algum conhecimento prévio do caso, fornecido por quem fez o encaminhamento.
“Freqüentemente, ao se levantar a história clínica, já se tem conhecimento das queixas, dos motivos que levaram à consulta, conforme informações prévias dadas por alguém ou discriminadas no encaminhamento. Mas sempre é importante ter a versão do próprio paciente. Há casos em que ele não se encontra preparado para o exame, e é conveniente explorar as circunstâncias em que foi tomada a decisão da consulta. Essa abordagem permite ao profissional antecipar dificuldades e proporciona-lhe indícios sobre temas mais delicados ou ansiogênicos para o paciente.”
II-O primeiro contato com o paciente permite somente descrever a sua aparência e obter informações superficiais na sua história clínica.
Errado. Um bom profissional consegue extrair diversas informações relevantes no primeiro contato.
“O primeiro contato com o paciente, por exemplo, permite não só descrever a sua aparência, como observar detalhes de seu comportamento, isto é, sobre atenção, concentração e pensamento, e até sintomas emergentes na história clínica podem ser relatados no exame. Da mesma maneira, a anamnese envolve um levantamento normativo do desenvolvimento, mas que, dependendo dos objetivos do exame, pode ser de pouca ou nenhuma utilidade se os padrões de comportamento emergentes ao longo da infância não forem focalizados em sua significação dinâmica”
III- Quanto mais severo o estado do, paciente, tanto mais o trabalho do psicólogo se assemelhará ao do psiquiatra, fazer uma avaliação mais descritiva ou de classificação nosológica.
Certo! Veja:
“Primeiramente, há pacientes que não são testáveis, dado o grau de comprometimento das funções do ego ou das funções cognitivas, pelo menos em determinadas fases da doença. Por outro lado, deve-se considerar que a maioria das técnicas e testes pressupõe alguma forma de comunicação intacta e um mínimo de condições de seguir instruções e de colaborar. Sem estarem preservadas essas condições, dificilmente um paciente será encaminhado a um psicólogo, exceto se este trabalha num contexto hospitalar ou em outros serviços de saúde. Dessa maneira, quanto mais grave o estado do paciente, tanto mais o trabalho do psicólogo se assemelhará ao do psiquiatra. O objetivo de tal avaliação seria descritivo ou de classificação nosológica”
IV- Dependendo dos objetivos, a tarefa do psicólogo pode se restringir à historia e ao exame do paciente, sem a administração de testes.
Certo! Veja:
“A história e o exame do estado mental do paciente também constituem os recursos básicos de um diagnóstico e se desenvolvem, como outras interações clínicas, no contexto de uma entrevista (Strauss, 1999). Na realidade, compõem rotineiramente a avaliação clínica psiquiátrica. Num modelo psicológico, a história e o exame do paciente permitem a coleta de subsídios introdutórios que vão fundamentar o processo a que chamamos de psicodiagnóstico. Caracterizam, portanto, uma área de superposição profissional. Em muitos casos, a tarefa do psicólogo também vai se restringir à utilização desses recursos, dependendo das condições do paciente e/ ou dos objetivos do exame.”
Nosso gabarito é Letra C
Fonte: Psicodiagnóstico-V [recurso eletrônico] / Jurema Alcides Cunha ... [et al.]. – 5. ed. rev. e ampl. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Artmed, 2007.
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