Caso clínico 5A2-I
Maria procurou o serviço público de saúde de sua região por estar preocupada com seu filho Josué, de 4 anos de idade. De acordo com o relato materno, ele sempre foi “uma criança difícil”: “No início, pensei que ele era mais caladão e quieto. Eu tinha que me lembrar de que tinha um bebê em casa. Para chamar a atenção dele, só com um objeto em movimento, a roda de um carrinho ou algo que girasse. Nunca gostou de brinquedo com som. Aliás, desde bebê, parece se incomodar muito com barulho. Hoje tenho certeza de que ele não gosta: qualquer som mais alto, ele coloca logo as mãos na orelha. Até seu jeito de brincar é diferente. Lembro de comprar um monte de brinquedo pra ele e ele nunca parecer se interessar. Gostava mesmo era de pedaços de coisas que encontrava pela casa: tampas, rodas soltas de carrinho, pedaços de barbante, lascas de parede. Eu ficava muito incomodada, porque parecia que ele não se interessava por mim ou por qualquer brincadeira que eu fizesse com ele. Nem quando tinha outras crianças ele gostava de brincar junto. Me dei conta de que algo poderia estar errado quando o filho de minha irmã nasceu, há um ano. Demorei pra procurar ajuda porque não quero acreditar que tenha algo errado com meu filho. Como somos só nós dois, tenho medo de não suportar a dor de saber que meu filho tem algum problema” (sic).
A respeito do caso clínico 5A2-I, julgue o item subsequente, com base nas contribuições da psicopatologia, no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) e na Classificação Internacional de Doenças (CID-10).
Josué apresenta estereotipias motoras e ausência de atenção conjunta.
- A) Certo
- B) Errado
Resposta:
A alternativa correta é letra B) Errado
A respeito do caso clínico 5A2-I, julgue o item subsequente, com base nas contribuições da psicopatologia, no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) e na Classificação Internacional de Doenças (CID-10).
Josué apresenta estereotipias motoras e ausência de atenção conjunta.
A questão apresenta um que evidencia os seguintes sintomas: hiper-reatividade sensorial (sons); déficit na comunicação e interação social; e interesses restritos a alguns objetos.
Com base na definição abaixo de "atenção conjunta" podemos também pensar que também há déficit nesse aspecto, pois a criança não divide a atenção entre o brincar com objetos e a interação com a mãe.
"Atenção conjunta, por sua vez, tem sido definida como a habilidade de coordenar a atenção entre um parceiro social e um objeto de interesse mútuo. Nesse sentido, envolve a coordenação mútua do adulto e da criança para um foco conjunto num terceiro elemento (Tomasello, 1995)."
Fonte: "Contribuições da habilidade de atenção conjunta para a cognição social infantil" (Aquino e Salomão)
No entanto, a questão não cita sintomas de estereotipias motoras, que são movimentos repetidos, ritmados e desprovidos de finalidade.
Afirmativa Falsa
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