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O delírio é um estado de alteração mental que faz com que um indivíduo apresente uma visão distorcida da realidade, tal como ocorre, por exemplo, quando ele crê que ele e determinada apresentadora de um telejornal carioca estão apaixonados e que, quando ele for ao Rio de Janeiro, o casal assumirá publicamente o relacionamento diante de todo o Brasil.

No exemplo citado no texto precedente, o referida indivíduo sofre de delírio

Resposta:

A alternativa correta é letra D) erotomaníaco.

Gabarito: Letra D

 

a) de ruína.

Errado. O delírio de ruína envolve desgraças, sofrimento, fracassos e perdas: tornou-se financeiramente miserável, seus familiares o abandonaram etc.

b) de ciúmes.

Errado. No delírio de ciúmes os indivíduos acreditam falsamente que seu parceiro romântico lhes seja infiel.

c) de paranoia.

Errado. Na paranóia a pessoa acredita estar sendo vítima de perseguição. Acredita que há inimigos que estão querendo matar, envenenar, fazer algum mal; sem que isto seja verdade.

d) erotomaníaco.

Certo!

“O delírio erotomaníaco também foi descrito por Clérambault. O indivíduo crê ser amado, a distância, por uma outra pessoa. Essa outra pessoa é tipicamente mais velha e possui uma situação socioeconômica mais elevada que a do paciente. Muitas vezes trata-se de uma pessoa famosa. O indivíduo pode atribuir a não aproximação por parte da outra pessoa à malevolência de terceiros. O delírio erotomaníaco é mais comum no sexo feminino e pode ocorrer no transtorno delirante. Uma mulher de 42 anos foi contratada por uma fábrica e, logo nas primeiras semanas de trabalho, começou a suspeitar que um dos diretores a “assediava” sexualmente. Contou que, a princípio, duvidou de tal fato, pois não conseguia compreender como aquele homem, que estava tão acima dela em termos culturais e financeiros, poderia se interessar por ela. Todavia, segundo ela, ele sempre a procurava com os olhos, e ocorriam muitas aparentes coincidências que a toda hora o colocavam em seu caminho: com grande frequência chegavam ao local de trabalho ou saíam para o almoço ao mesmo tempo. Além disso, ela julgava que as requisições de sua presença na sala dele eram recorrentes demais para serem justificadas por meras questões profissionais. Ela foi tendo uma convicção a cada dia maior com relação a ele estar apaixonado por ela, apesar de reconhecer que ele jamais fizera qualquer declaração de amor explícita. Alguns meses depois, a paciente passou a acreditar que um outro homem, um subgerente da fábrica, também a “paquerava”. Porém este, a exemplo do primeiro, nunca a abordou diretamente com uma proposta amorosa. Cerca de 6 meses depois de ter ingressado na empresa, ela pensou em pedir demissão, pois a situação lhe era “insuportável”. Temia que seus colegas de trabalho percebessem o interesse dos seus superiores por ela, e que isso chegasse aos ouvidos de seu marido, já que a fábrica ficava muito perto de sua casa e lá trabalhavam vários de seus vizinhos (Cheniaux et al., 2000).”

 

e)  de grandeza.

Errado. No delírio de grandeza o indivíduo tem uma visão exagerada de si mesmo como possuindo qualidades e capacidades pessoais especiais e extremamente favoráveis.

 

Nosso gabarito é Letra D

 

Fonte: Cheniaux Junior, Elie, 1965 Manual de psicopatologia / Elie Cheniaux. - 5. ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015

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