Sobre a psicopatologia, analise as afirmativas a seguir:
I. Os limites da psicopatologia: embora o objeto de estudo seja o ser humano na sua totalidade (“Nosso tema é o homem todo em sua enfermidade.” [Jaspers, 1913/1979)), os limites da ciência psicopatológica consistem precisamente em nunca se poder reduzir por completo o ser humano a conceitos psicopatológicos.
II. A psicopatologia, como ciência, exige às vezes um rigoroso pensamento conceituai, que seja sistemático e que possa ser comunicado de modo técnico, podendo levar em consideração a subjetividade em sua prática. (Jaspers, 1979, p. 10)
III. Na prática profissional, no trabalho clínico, além da ciência psicopatológica que o clínico deve ter, participam ainda – opiniões instintivas, uma intuição pessoal que nunca se pode comunicar.
IV. Em todo indivíduo oculta-se algo que não se consegue conhecer, pois a ciência requer um pensamento conceituai sistemático, o qual cristaliza e torna evidente, mas também aprisiona e limita o conhecimento. Quanto mais conceitualiza, afirma Jaspers, “[…] quanto mais reconhece e caracteriza o típico, o que se acha de acordo com os princípios, tanto mais reconhece que, em todo indivíduo, se oculta algo que não pode conhecer” (Jaspers, 1979, p. 12).
Assinale a alternativa correta.
- A) Apenas I e II estão incorretas.
- B) Apenas II está incorreta.
- C) Apenas I, II e III estão incorretas.
- D) Apenas III está incorreta.
- E) Apenas IV esta incorreta.
Resposta:
A alternativa correta é letra B) Apenas II está incorreta.
A questão está baseada no seguinte texto:
"Karl Jaspers (1883-1969), um dos principais autores da psicopatologia, afirma que esta é uma ciência básica, que serve de auxílio à psiquiatria, a qual é, por sua vez, um conhecimento aplicado a uma prática profissional e social concreta.
Jaspers é muito claro em relação aos limites da psicopatologia: embora o objeto de estudo seja o homem na sua totalidade (“Nosso tema é o homem todo em sua enfermidade.” [Jaspers, 1913/1979), os limites da ciência psicopatológica consistem precisamente em que nunca se pode reduzir por completo o ser humano a conceitos psicopatológicos. O domínio da psicopatologia, segundo ele, estende-se a “todo fenômeno psíquico que possa apreender-se em conceitos de significação constantes e com possibilidade de comunicação”. Assim, a psicopatologia, como ciência, exige um pensamento rigorosamente conceptual, que seja sistemático e que possa ser comunicado de modo inequívoco. Na prática profissional, entretanto, participam ainda opiniões instintivas, uma intuição pessoal que nunca se pode comunicar. Dessa forma, a ciência psicopatológica é tida como uma das abordagens possíveis do homem mentalmente doente, mas não a única.
Em todo indivíduo, oculta-se algo que não se pode conhecer, pois a ciência requer um pensamento conceitual sistemático, pensamento que cristaliza, torna evidente, mas também aprisiona o conhecimento. Quanto mais conceitualiza, afirma Jaspers, “quanto mais reconhece e caracteriza o típico, o que se acha de acordo com os princípios, tanto mais reconhece que, em todo indivíduo, se oculta algo que não pode conhecer”. Assim a psicopatologia sempre perde, obrigatoriamente, aspectos essenciais do homem, sobretudo nas dimensões existenciais, estéticas, éticas e metafísicas."
Fonte: "Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais" (Dalgalarrondo)
Com isso, nota-se que apenas a afirmativa II não está de acordo com Dalgalarrondo. Veja:
I. Os limites da psicopatologia: embora o objeto de estudo seja o ser humano na sua totalidade ("Nosso tema é o homem todo em sua enfermidade." [Jaspers, 1913/1979)), os limites da ciência psicopatológica consistem precisamente em nunca se poder reduzir por completo o ser humano a conceitos psicopatológicos.
II. A psicopatologia, como ciência, exige às vezes um rigoroso pensamento conceitual, que seja sistemático e que possa ser comunicado de modo técnico, podendo levar em consideração a subjetividade em sua prática. (Jaspers, 1979, p. 10)
III. Na prática profissional, no trabalho clínico, além da ciência psicopatológica que o clínico deve ter, participam ainda - opiniões instintivas, uma intuição pessoal que nunca se pode comunicar.
IV. Em todo indivíduo oculta-se algo que não se consegue conhecer, pois a ciência requer um pensamento conceitual sistemático, o qual cristaliza e torna evidente, mas também aprisiona e limita o conhecimento. Quanto mais conceitualiza, afirma Jaspers, "[...] quanto mais reconhece e caracteriza o típico, o que se acha de acordo com os princípios, tanto mais reconhece que, em todo indivíduo, se oculta algo que não pode conhecer" (Jaspers, 1979, p. 12).
Encontramos a resposta na Letra B.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas I e II estão incorretas.
b) Apenas II está incorreta.
c) Apenas I, II e III estão incorretas.
d) Apenas III está incorreta.
e) Apenas IV esta incorreta.
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