Segundo Barlow (2009), os transtornos por uso de álcool são um grupo heterogêneo de problemas que varia, em sua gravidade, desde o estudante universitário bebedor pesado e que, ocasionalmente, falta à aula até a pessoa com alcoolismo grave crônico, que vivencia as sérias consequências que a bebida tem em termos sociais e de saúde. Sobre o diagnóstico e as definições dos problemas com álcool, analise as afirmativas a seguir.
I. Para ser diagnosticado como dependente de álcool, um indivíduo deve cumprir, pelo menos, três dos setes critérios relacionados à falta de controle, tolerância física e abstinência física.
II. Embora a prevalência dos transtornos por uso de álcool seja maior em homens do que em mulheres e em adultos mais jovens do que nos mais velhos, é relevante considerar também que esses problemas afetam, em maior proporção, indivíduos de grupos de classes sociais de maior vulnerabilidade social.
III. As abordagens contemporâneas do diagnóstico dos problemas com álcool são baseadas em um constructo hipotético – a “síndrome de dependência de álcool” – uma constelação de padrões e problemas de comportamento que é resultado da bebida e que hipoteticamente constituem uma entidade diagnóstica.
Está correto o que se afirma em
- A) I, II e III.
- B) II, apenas.
- C) I e II, apenas.
- D) I e III, apenas.
Resposta:
A alternativa correta é letra D) I e III, apenas.
(desatualizada)
Segundo Barlow (2009), os transtornos por uso de álcool são um grupo heterogêneo de problemas que varia, em sua gravidade, desde o estudante universitário bebedor pesado e que, ocasionalmente, falta à aula até a pessoa com alcoolismo grave crônico, que vivencia as sérias consequências que a bebida tem em termos sociais e de saúde. Sobre o diagnóstico e as definições dos problemas com álcool, analise as afirmativas a seguir.
A questão está baseada na antiga edição do livro de Barlow, que se baseada no DSM-IV.
Veja o texto da nova edição (baseada no DSM-V):
"O transtornos por uso de álcool são um grupo heterogêneo de problemas que varia, em sua gravidade, desde o estudante universitário bebedor pesado que ocasionalmente falta à aula até a pessoa com alcoolismo grave e crônico, que vivencia as sérias consequências que a bebida tem em termos sociais e de saúde. Embora a prevalência dos transtornos por uso de álcool seja maior em homens do que em mulheres e em adultos mais jovens do que nos mais velhos, esses problemas afetam indivíduos de qualquer grupo sociodemográfico, racial/étnico ou ocupacional. Nos ambientes de saúde mental e ambientes clínicos, pelo menos 25% dos pacientes têm probabilidade de ter um transtorno relacionado ao uso do álcool como parte dos problemas com que se apresentam (p. ex., Zimmerman, Lubman e Cox, 2012), de forma que os profissionais da saúde e de saúde mental precisam saber identificar, avaliar e planejar um tratamento eficaz para esses pacientes.
(...)
O diagnóstico de problemas com álcool no Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais, quinta edição (DSM-5, American Psychiatric Association, 2013), trata os TUAs como um transtorno único, que varia ao longo de um espectro de gravidade. As edições anteriores do DSM diferenciavam abuso e dependência do álcool, mas esta distinção já não se aplica. Para ser diagnosticado com um TUA, o indivíduo tem de cumprir, pelo menos, dois dos 11 critérios, e o transtorno é classificado como leve (dois a três sintomas), moderado (quatro a cinco sintomas) ou grave (seis a 11 sintomas). Os 11 critérios diagnósticos combinam os critérios do DSM-IV para abuso de álcool e dependência de álcool, eliminando “consequências legais repetidas relacionadas ao álcool”, e acrescentando “fissura”. Assim, os critérios de diagnóstico incluem (1) deixar de cumprir obrigações importantes relativas ao papel social, tais como as relacionadas a trabalho, casa ou escola; (2) beber várias vezes de maneira que tenham o potencial de gerar danos físicos (p. ex., beber e dirigir); (3) continuar a beber apesar de o consumo estar causando problemas sociais ou interpessoais; (4) ter o desejo ou tentar reduzir ou parar, sem sucesso; (5) beber quantidades maiores de álcool ou beber durante períodos mais longos do que o planejado, (6) apresentar sinais de tolerância física; (7) mostrar sinais de abstinência física; (8) negligenciar outras atividades; (9) passar um tempo considerável obtendo álcool, bebendo e se recuperando de seus efeitos; (10) continuar a usar álcool apesar de saber que está causando problemas físicos ou psicológicos recorrentes; e (11) sentir fissura persistente pelo álcool. A dependência do álcool também pode ser classificada como estando em “remissão parcial” ou em “remissão completa”; a remissão pode ser “precoce” (pelo menos três meses) ou “sustentada” (um ano ou mais).
Definições alternativas
Em contraste com o diagnóstico psiquiátrico formal de TUA, os pesquisadores e terapeutas comportamentais sugeriram que os problemas com álcool representam uma parte de um continuum de uso de álcool que vai desde a abstinência, passando por uso não problemático, até diferentes tipos e graus de uso problemático. O DSM-5 está mais alinhado a essa perspectiva, mas ainda considera um ponto de corte indicativo do transtorno. Da perspectiva do continuum de problemas com álcool, os problemas podem ser apresentados de várias formas, algumas coerentes com um diagnóstico formal e outras mais leves ou mais intermitentes. Ao usar uma perspectiva de problemas com álcool, o profissional pode se concentrar mais claramente no padrão de beber, nas consequências negativas que o indivíduo acumulou, nos seus excessos e déficits comportamentais em várias áreas de funcionamento e nos pontos fortes específicos do paciente."
Fonte: "Manual Clínico dos Transtornos Psicológicos" (Barlow)
Com isso, nota-se que não há afirmativa correta, pois estão desatualizadas.
Está correto o que se afirma em
a) I, II e III.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I e III, apenas.
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