A respeito dos estudos relacionados às explicações sobre estudantes que apresentam o Transtorno do Espectro Autista, julgue os itens a seguir.
I. As teorias cognitivas, segundo Scheuer e Andrade (2007), podem auxiliar a compreender o funcionamento cognitivo e os comportamentos desse transtorno, embora não exista uma teoria específica que justifique ou explique o autismo.
II. Crianças autistas muitas vezes apresentam ações e discursos reduzidos ou que não são facilmente interpretados pelos outros (professores, mães, adultos ou pares). O que geralmente acontece é uma dificuldade muito grande em atribuir sentido às ações dessa criança. Geralmente os outros entendem aquele comportamento como um ato sem significado.
III. Só a teoria comportamental é capaz de produzir afirmações plausíveis sobre a linguagem do estudante com o Transtorno do Espectro Autista.
Assinale a alternativa correta.
- A) Apenas o item I está certo.
- B) Apenas o item II está certo.
- C) Apenas o item III está certo.
- D) Nenhum item está certo.
- E) Apenas os itens I e II estão certos.
Resposta:
A alternativa correta é letra E) Apenas os itens I e II estão certos.
As proposições trazidas por esta questão têm por base as contribuições de Martins & Monteiro (2017). Tendo por fundamento a literatura destacada, vamos à análise dos itens apresentados.
CORRETA. Apoiando o que preconiza a proposição, leiamos o que mencionam Martins & Monteiro (2017, p.216):
“As teorias cognitivas, segundo Scheuer e Andrade (2007), podem auxiliar a compreender o funcionamento cognitivo e os comportamentos desse transtorno, embora não exista uma teoria específica que justifique ou explique o autismo. Até a década de 1970, as alterações cognitivas observadas nos casos de autismo não eram levadas em conta, por enfatizarem os aspectos sociais e emocionais relacionados ao transtorno.”
CORRETA. Corroborando a assertiva, Martins & Monteiro (2017, p.217) declaram:
“Crianças autistas muitas vezes apresentam ações e discursos reduzidos ou que não são facilmente interpretados pelos outros (professores, mães, adultos ou pares). O que geralmente acontece é uma dificuldade muito grande em atribuir sentido às ações dessa criança, geralmente os outros entendem aquele comportamento como um ato sem significado.”
INCORRETA. Divergindo do que traz a afirmativa, Martins & Monteiro (2017, p.216) mencionam que a abordagem comportamental, na realidade, nunca se constituiu como proposta para explicar o autismo, mas que propõe intervenções no que tange ao transtorno, confira:
“A abordagem comportamental remete a um arcabouço teórico que nunca se constituiu como proposta para explicar o autismo, como nas teorias afetivas e cognitivas, mas sim propõe possibilidades de intervenções para o transtorno de base comportamental.”
Considerando a análise das proposições apresentadas, ratifica-se que apenas os itens I e II estão certos, portanto, LETRA “E”.
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Fonte consultada:
Martins, A. D. F., & Monteiro, M. I. B. (2017). Alunos autistas: análise das possibilidades de interação social no contexto pedagógico. Psicologia Escolar e Educacional, 21, 215-224.
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