Critérios de saúde:
( ) Normalidade funcional: este critério procura ser objetivo. Algo é considerado patológico a partir do momento em que se torna disfuncional, isto é, quando começa a gerar sofrimento para o indivíduo e/ou para seu grupo social;
( ) Normalidade operacional: usando este critério, o avaliador dá maior ênfase à percepção do próprio indivíduo em relação ao seu estado de saúde. A principal crítica a este critério é que, alguns sujeitos em fase maníaca, sentem-se ‘saudáveis e felizes’, apesar de apresentarem um transtorno mental grave;
( ) Normalidade como liberdade: para alguns autores de orientação fenomenológica, a doença mental seria a perda da liberdade existencial. Desta maneira, a saúde mental se vincularia às possibilidades de transitar com graus distintos de liberdade sobre o mundo e sobre o próprio destino. Aqui a saúde mental pode ser vista como a possibilidade de dispor de senso de realidade, senso de humor e um sentido poético perante a vida;
( ) Normalidade relativa: este é um critério assumidamente arbitrário, com finalidades pragmáticas explícitas. É definido, a priori, o que é normal e o que é patológico e busca-se trabalhar operacionalmente com esses conceitos.
Levando-se em consideração que V significa Verdadeiro e F significa Falso, a sequência das proposições acima é:
- A) F – V – F – V;
- B) F – V – V – V;
- C) V – V – F – F;
- D) V – F – V – F;
- E) F – V – V – F.
Resposta:
A alternativa correta é letra D) V – F – V – F;
As proposições trazidas por esta questão têm por base as contribuições de Dalgalarrondo (2008). Tendo por fundamento a literatura destacada, vamos à análise dos itens apresentados.
( V ) Normalidade funcional: este critério procura ser objetivo. Algo é considerado patológico a partir do momento em que se torna disfuncional, isto é, quando começa a gerar sofrimento para o indivíduo e/ou para seu grupo social;
VERDADEIRO. Conforme Dalgalarrondo (2008 p. 33):
“Normalidade funcional. Tal conceito baseia-se em aspectos funcionais e não necessariamente quantitativos. O fenômeno é considerado patológico a partir do momento em que é disfuncional, produz sofrimento para o próprio indivíduo ou para o seu grupo social.”
( F ) Normalidade operacional: usando este critério, o avaliador dá maior ênfase à percepção do próprio indivíduo em relação ao seu estado de saúde. A principal crítica a este critério é que, alguns sujeitos em fase maníaca, sentem-se ‘saudáveis e felizes’, apesar de apresentarem um transtorno mental grave;
FALSO. Corrigindo: na realidade, a definição pertence ao conceito de “normalidade subjetiva”, confira:
“Normalidade subjetiva. Aqui é dada maior ênfase à percepção subjetiva do próprio indivíduo em relação a seu estado de saúde, às suas vivências subjetivas. O ponto falho desse critério é que muitas pessoas que se sentem bem, “muito saudáveis e felizes”, como no caso de sujeitos em fase maníaca, apresentam, de fato, um transtorno mental grave.” (Dalgalarrondo, 2008, p.33)
( V ) Normalidade como liberdade: para alguns autores de orientação fenomenológica, a doença mental seria a perda da liberdade existencial. Desta maneira, a saúde mental se vincularia às possibilidades de transitar com graus distintos de liberdade sobre o mundo e sobre o próprio destino. Aqui a saúde mental pode ser vista como a possibilidade de dispor de senso de realidade, senso de humor e um sentido poético perante a vida;
VERDADEIRO. corroborando isto Dalgalarrondo (2008, p.33) preconiza:
“Normalidade como liberdade: alguns autores de orientação fenomenológica e existencial propõem conceituar a doença mental como perda da liberdade existencial.”
( F ) Normalidade relativa: este é um critério assumidamente arbitrário, com finalidades pragmáticas explícitas. É definido, a priori, o que é normal e o que é patológico e busca-se trabalhar operacionalmente com esses conceitos.
FALSO. Corrigindo: a definição corresponde ao conceito de “normalidade operacional”, confira:
“Normalidade operacional: trata-se de um critério assumidamente arbitrário, com finalidades pragmáticas explícitas. Define-se, a priori, o que é normal e o que é patológico e busca-se trabalhar operacionalmente com esses conceitos, aceitando as conseqüências de tal definição prévia.” (Dalgalarrondo, 2008, p.33)
Considerando a análise das proposições apresentadas, ratifica-se que SÃO VERDADEIRAS as afirmativas “I e IV”, resultando na sequência “V – F – V – F”, corroborando-se, portanto, que a alternativa que apresenta a opção CERTA encontra-se na LETRA “D”.
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Fonte consultada:
Dalgalarrondo, P. (2008). Psicopatologia e semiologia dos transtornos. 2. ed. Porto Alegre : Artmed.
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