Logo do Site - Banco de Questões
Continua após a publicidade..

Os transtornos mentais relacionados à gestação e parto podem ser classificados em:

 

I– Tristeza materna, blues puerperal ou baby blues: É definido como estado depressivo mais brando, transitório, que aparece em geral no terceiro dia do pós-parto e tem duração aproximada de duas semanas. Caracteriza-se por fragilidade, hiperemotividade, alterações do humor, falta de confiança em si própria, sentimentos de incapacidade. A equipe deve fornecer apoio à mulher e monitorar a evolução do quadro;

 

II– Depressão puerperal: os sintomas associados incluem perturbação do apetite, do sono, decréscimo de energia, sentimento de desvalia ou culpa excessiva, pensamentos recorrentes de morte e ideação suicida, sentimento de inadequação e rejeição ao bebê, humor deprimido, redução da autoconfiança e auto-estima, pessimismo, ansiedade e choro fácil, necessitando de abordagem multiprofissional e interconsulta com psiquiatra e/ou psicólogo;

 

III– Psicose pós-parto: manifestação mais rara, ocorre entre 1,1 e 4 puérperas para cada 1.000 nascimentos. O início é abrupto e os sintomas surgem até 2 ou 3 semanas pós-parto, ou seja, quando já se encontra fora da maternidade.

 

Dos itens acima:

Resposta:

A alternativa correta é letra A) Apenas o item I está correto.

GABARITO DA BANCA : LETRA A

GABARITO PROPOSTO: PASSÍVEL DE ANULAÇÃO

Vamos a análise dos itens com base no “Protocolo Municipal de Atenção ao Pré-Natal e Puerpério: Nascer Colombo” (2012).

CORRETA.  Conforme o protocolo supracitado “o baby blues é a alteração emocional mais freqüente, acometendo de 50 a 70% das puérperas. É definido como estado depressivo mais brando, transitório, que aparece em geral no terceiro dia do pós-parto e tem duração aproximada de duas semanas. Caracteriza-se por fragilidade, hiperemotividade, alterações de humor, falta de confiança em si própria, sentimentos de incapacidade. A equipe deve fornecer apoio à mulher e monitorar a evolução do quadro.

INCORRETA (?). Segundo o Protocolo “Nascer Colombo” (2012, p. 44):

Depressão pós-parto: menos freqüente, manifestando-se em 10 a 15% das puérperas. Os sintomas associados incluem perturbação do apetite, do sono, decréscimo de energia, sentimentode desvalia ou culpa excessiva, pensamentos recorrentes de morte e ideação suicida, sentimento de inadequação e rejeição ao bebê, humor deprimido, redução da autoconfiança e auto-estima, pessimismo, ansiedade e choro fácil, necessitando de abordagem multiprofissional e interconsulta com psiquiatra e/ou psicólogo;”

INCORRETA (?). Conforme o Protocolo “Nascer Colombo” (2012, p. 44):

Psicose puerperal: manifestação mais rara, ocorre entre 1,1 e 4 puérperas para cada 1.000 nascimentos. O início é abrupto e os sintomas surgem até 2 ou 3 semanas pós-parto, ou seja, quando a puérpera já se encontra fora da maternidade. Os sintomas incluem quadro alucinatório delirante, grave e agudo; delírios que envolvem seus filhos; estado confusional e comportamento desorganizado. Há risco para a própria mulher e para o bebê, e é necessário que se proceda o encaminhamento para especialista em saúde mental.”

2) Análise das alternativas

A parti da análise das proposições apresentadas, acompanhe os seguintes destaques:

  • A banca apresentou como GABARITO a LETRA “A” onde se afirma que “Apenas o item I está correto”, no entanto, com base no comparativo das assertivas com o documento supracitado, compreende-se que as únicas incompatibilidades entre ITENS e LITERATURA foram as NOMENCLATURAS apresentadas; no caso “Depressão puerperal” X “Depressão pós-parto”, bem como “Psicose pós-parto” X “Psicose puerperal
  • Complementando o assunto, há autores que compreendem os termos “pós-parto” e “puerperal” como sinônimos, como por exemplo, Bordignon & Cols. (2011), confira:

“A fase do puerpério é conhecida como uma fase de profundas alterações no âmbito social, psicológico e físico da mulher. Sendo assim, esta fica mais vulnerável a transtornos psiquiátricos como a depressão pós-parto. A depressão pós-parto, também conhecida como depressão puerperal

  • Concluindo a análise, reitera-se que a banca manteve o GABARITO na alternativa “A”, entretanto, compreende-se, que a questão, talvez, poderia ser passível de ANULAÇÃO.  

_______________

Fonte consultada:

BRASIL. (2012). Protocolo Municipal de Atenção ao Pré-Natal e Puerpério: Nascer Colombo. Disponível em https://bit.ly/3ApI1co

BORDIGNON, J. S. ; DALLASTA, L. ; FERREIRA, E. M. ; WEILLER, T.H . Depressão Puerperal: Definição, Sintomas e a importância do enfermeiro no Diagnóstico Precoce. Revista On line Contexto e Saúde da UNIJUI , v. 10, p. 875-880, 2011.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *