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De acordo com Dalgalarrondo (2008), cada função psíquica deve ser compreendida em vinculação estreita com toda a vida e realidade psíquica do sujeito. Em relação à consciência, esta pode se alterar tanto por processos fisiológicos normais, quanto por processos patológicos. No tocante às alterações patológicas, relacione a COLUNA II com a COLUNA I, associando os graus de rebaixamento da consciência à sua respectiva descrição.

 

COLUNA I

 

1. Obnubilação da consciência

 

2. Sopor

 

3. Coma

 

COLUNA II

 

( ) Nesse estado não é possível qualquer atividade voluntária consciente. Presença de graus de intensidade.

 

( ) Nesseestado,háumrebaixamentodaconsciência em grau leve ou moderado e diminuição do grau de clareza do sensório, com lentidão de compreensão e dificuldade de concentração.

 

( ) Esse estado se caracteriza por marcante turvação da consciência, no qual o paciente pode apenas ser despertado por estímulo enérgico, sobretudo de natureza dolorosa.

 

Assinale a sequência correta.

Resposta:

A alternativa correta é letra B) 3 1 2

Gabarito Letra B

 

COLUNA I

 

1. Obnubilação da consciência

Segundo Dalgalarrondo, a obnubilação da consciência:

“Trata-se do rebaixamento da consciência em grau leve a moderado. À inspeção inicial, o paciente pode já estar claramente sonolento ou parecer desperto, o que dificulta o diagnóstico. De qualquer forma, há sempre diminuição do grau de clareza do sensório, com lentidão da compreensão e dificuldade de concentração. Nota-se que o paciente tem dificuldade para integrar as informações sensoriais oriundas do ambiente. Assim, mesmo não se apresentando claramente sonolento, observa-se, nos quadros leves de rebaixamento do nível de consciência, que o paciente encontrase um tanto perplexo, com a compreensão dificultada, podendo o pensamento estar já ligeiramente confuso.” 

 

2. Sopor

O sopor:

Sopor. É um estado de marcante turvação da consciência, no qual o paciente pode ser despertado apenas por estímulo enérgico, sobretudo de natureza dolorosa. Aqui, o paciente sempre se mostra evidentemente sonolento. Embora ainda possa apresentar reações de defesa, ele é incapaz de qualquer ação espontânea. A psicomotricidade encontra-se mais inibida do que nos estados de obnubilação. O traçado eletrencefalográfico acha-se globalmente lentificado, podendo surgir as ondas mais lentas, do tipo delta e teta” 

 

3. Coma

Já o coma:

“É o grau mais profundo de rebaixamento do nível de consciência. No estado de coma, não é possível qualquer atividade voluntária consciente. Além da ausência de qualquer indício de consciência, os seguintes sinais neurológicos podem ser verificados: movimentos oculares errantes com desvios lentos e aleatórios, nistagmo, transtornos do olhar conjugado, anormalidades dos reflexos oculocefálicos (cabeça de boneca) e oculovestibular (calórico) e ausência do reflexo de acomodação. Além disso, dependendo da topografia e da natureza da lesão neuronal, podem ser observadas rigidez de decorticação ou de decerebração, anormalidades difusas ou focais do EEG com lentificações importantes e presença de ondas patológicas. Os graus de intensidade de coma são classificados de I a IV: grau I (semicoma), grau II (coma superficial), grau III (coma profundo) e grau IV (coma dépassé).”

Agora, vejamos as afirmativas:

 

(3) Nesse estado não é possível qualquer atividade voluntária consciente. Presença de graus de intensidade.

 O estado em que não há atividade consciente é o coma.

 

(1) Nesseestado,háumrebaixamentodaconsciência em grau leve ou moderado e diminuição do grau de clareza do sensório, com lentidão de compreensão e dificuldade de concentração.

 O primeiro estado de diminuição da consciência é a obnubilação.

 

(2) Esse estado se caracteriza por marcante turvação da consciência, no qual o paciente pode apenas ser despertado por estímulo enérgico, sobretudo de natureza dolorosa.

Aqui, temos o sopor.

 

Assim, a sequência correta é 312.

Gabarito Letra B.

 

Referência

Dalgalarrondo, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais – 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008.

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