Logo do Site - Banco de Questões
Continua após a publicidade..

“A psicopatologia, em acepção mais ampla, pode ser definida como o conjunto de conhecimentos referentes ao adoecimento mental do ser humano. Uma das suas principais características, como campo de conhecimento, é a multiplicidade de abordagens e referenciais teóricos que tem incorporado nos últimos 200 anos” (DALGALARRONDO, 2008).

Numere a COLUNA II de acordo com a COLUNA I relacionando cada perspectiva em psicopatologia ao seu referencial teórico, conforme descrito pelo autor.

COLUNA I

1. Perspectiva biológica

2. Perspectiva cognitista

3. Perspectiva dinâmica

4. Perspectiva sociocultural

COLUNA II

(   ) A cultura é elemento fundamental na própria determinação do que é normal ou patológico, na constituição dos transtornos e nos repertórios terapêuticos disponíveis em cada sociedade

(   ) Interessa-se pelo o conteúdo da vivência, os movimentos internos de afetos, desejos e temores do indivíduo, sua experiência particular, pessoal, não necessariamente classificável em sintomas previamente descritos.

(   ) Enfatiza os aspectos cerebrais, neuroquímicos ou neurofisiológicos das doenças e dos sintomas; mecanismos neurais estariam na base dos transtornos mentais.

(   ) As representações conscientes seriam vistas Como essenciais ao funcionamento mental, normal e antológico. Os sintomas resultam de comportamentos e representações disfuncionais, aprendidas e reforçadas pela experiência sociofamiliar.

Assinale a alternativa que representa a sequência de números CORRETA.

Resposta:

A alternativa correta é letra A) (4) (3) (1) (2)

Gabarito: Letra A

( 4  ) A cultura é elemento fundamental na própria determinação do que é normal ou patológico, na constituição dos transtornos e nos repertórios terapêuticos disponíveis em cada sociedade

 Essa é a visão da perspectiva sócio-cultural.

“Em contraposição, a perspectiva sociocultural visa estudar os transtornos mentais como comportamentos desviantes que surgem a partir de certos fatores socioculturais, como discriminação, pobreza, migração, estresse ocupacional, desmoralização sociofamiliar, etc. Os sintomas e os transtornos devem ser estudados, segundo essa visão, no seu contexto eminentemente sociocultural, simbólico e histórico. É nesse contexto de normas, valores e símbolos culturalmente construídos que os sintomas recebem seu significado, e, portanto, poderiam ser precisamente estudados e tratados. Mais que isso, a cultura, em tal perspectiva, é elemento fundamental na própria determinação do que é normal ou patológico, na constituição dos transtornos e nos repertórios terapêuticos disponíveis em cada sociedade.”

 

(  3 ) Interessa-se pelo o conteúdo da vivência, os movimentos internos de afetos, desejos e temores do indivíduo, sua experiência particular, pessoal, não necessariamente classificável em sintomas previamente descritos.

Essa é a visão da perspectiva dinâmica.

“Já para a psiquiatria dinâmica, interessa o conteúdo da vivência, os movimentos internos de afetos, desejos e temores do indivíduo, sua experiência particular, pessoal, não necessariamente classificável em sintomas previamente descritos. A boa prática em saúde mental implica a combinação hábil e equilibrada de uma abordagem descritiva, diagnóstica e objetiva e uma abordagem dinâmica, pessoal e subjetiva do doente e de sua doença.” 

 

(1   ) Enfatiza os aspectos cerebrais, neuroquímicos ou neurofisiológicos das doenças e dos sintomas; mecanismos neurais estariam na base dos transtornos mentais.

Essa é a visão da perspectiva biológica.

“A psicopatologia biológica enfatiza os aspectos cerebrais, neuroquímicos ou neurofisiológicos das doenças e dos sintomas mentais. A base de todo transtorno mental são alterações de mecanismos neurais e de determinadas áreas e circuitos cerebrais. Nesse sentido, o aforismo do psiquiatra alemão Griesinger (1845) resume bem essa perspectiva: “doenças mentais são (de fato) doenças cerebrais”.”

 

(  2 ) As representações conscientes seriam vistas Como essenciais ao funcionamento mental, normal e antológico. Os sintomas resultam de comportamentos e representações disfuncionais, aprendidas e reforçadas pela experiência sociofamiliar.

Essa é a visão da perspectiva cognitivista.

“Associada a essa visão, a perspectiva cognitivista centra atenção sobre as representações cognitivas conscientes de cada indivíduo. As representações conscientes seriam vistas como essenciais ao funcionamento mental, normal e patológico. Os sintomas resultam de comportamentos e representações cognitivas disfuncionais, aprendidas e reforçadas pela experiência sociofamiliar”

 

Nosso gabarito é Letra A

Fonte: Dalgalarrondo, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais [recurso eletrônico] / Paulo Dalgalarrondo. – 3. ed. – Porto Alegre : Artmed, 2019

   

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *