Há estudos que mostram que durante episódios depressivos, uma diferença no desenvolvimento entre crianças e adolescentes, de um lado, e adultos, do outro, é que as crianças, especialmente os meninos, tendem a se tornar
- A) menos produtivas, porém criativas.
- B) dóceis e amáveis.
- C) agressivas e até destrutivas.
- D) apáticas e até catatônicas.
- E) mórbidas e suicidas.
Resposta:
A alternativa correta é letra C) agressivas e até destrutivas.
Enquanto o adulto deprimido consegue falar sobre seus sentimentos, deixando clara a tonalidade depressiva de seu afeto e, conseqüentemente, de seus sintomas depressivos, a criança não consegue ter essa consciência e sua depressão só pode ser indiretamente suspeitada através de seu comportamento.
Na criança e adolescente a forma atípica desse transtorno afetivo esconde os verdadeiros sentimentos depressivos sob uma máscara de irritabilidade, agressividade, hiperatividade e rebeldia. As crianças mais novas, devido a incapacidade para comunicar verbalmente seu verdadeiro estado emocional, manifestam a depressão de forma mais atípica ainda, notadamente com hiperatividade.
Análise das alternativas:
a) Incorreta. A diminuição da atenção e da concentração pode provocar a baixa produtividade e a queda no desempenho escolar. Entretanto, não há tendência para expressão de criatividade no quadro de depressão infantil.
b) Incorreta. Ao contrário do que a alternativa afirma, as crianças tendem a se tornar agressivas e irritadiças ao invés de dóceis e amáveis.
c) Correta. Conforme artigo científico, os principais comportamentos que caracterizam o quadro depressivo infantil são: humor instável, autodepreciação, agressividade ou irritação, distúrbios do sono, queda no desempenho escolar, diminuição da socialização, modificação de atitudes em relação à escola, perda da energia habitual, do apetite e/ou do peso.
d) Incorreta. A apatia pode ser um sintoma da depressão infantil, porém catatonia não é uma possibilidade.
e) Incorreta. Dependendo da gravidade do quadro, as crianças podem ter ideação suicida, porém não é comum.
Fonte: http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=339
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