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Após uma cirurgia de coração, um paciente apresentou um quadro delirante. Avalie as afirmativas abaixo e assinale a correta:

Resposta:

ESTA QUESTÃO FOI ANULADA, NÃO POSSUI ALTERNATIVA CORRETA

Questão anulada

 

Após uma cirurgia de coração, um paciente apresentou um quadro delirante. Avalie as afirmativas abaixo e assinale a correta:
a)  o quadro é indicador de uma personalidade pré-psicótica;
b)  o quadro é indicador de um prejuízo neurológico permanente;
c)  o quadro é comum em cirurgias de coração, remitindo com tratamento adequado;
d)  o quadro é comum e sua remissão é espontânea.

 

O delirium é um quadro relativamente comum entre pacientes submetidos a cirurgias do coração. É fundamental não confundir o delirium, que é uma mudança aguda e flutuante no estado mental, incluindo desatenção, pensamentos desorganizados e alteração do nível de consciência que podem ou não ser acompanhados de agitação e o delírio, que são juízos patologicamente falsos.

 

A incidência de delirium em pacientes internados em UTI varia entre 19 a 87% e de 60 a 80% dos pacientes que estão sob ventilação mecânica (QUIMET et al., 2007). Esta variabilidade é consequência de diferenças metodológicas em relação aos instrumentos utilizados para o diagnóstico de delirium, populações incluídas no estudo, nível de treinamento dos profissionais para reconhecer o delirium, entre outras. (ELY et al., 2004). Recentemente tem-se dado maior importância no impacto do delirium na morbimortalidade do paciente criticamente enfermo. Quando o paciente interna em um ambiente de terapia intensiva tem maior probabilidade de desenvolver delirium devido a gravidade da doença, comorbidades prévias, uso de drogas psicoativas, idade, entre outros. (ELY et al., 2004). A disfunção neurológica em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca pode ser uma situação devastadora, que piora o prognóstico desses pacientes. A incidência de complicações neurológicas no pós-operatório de cirurgia cardíaca varia entre 0,4 a 80%, com o acidente vascular encefálico, ocorrendo em 2 a 5% dos casos. Complicações neurológicas após a cirurgia de revascularização do miocárdio são mais comuns que após a troca valvar. (PAIVA et al., 2005). O delirium na UTI pode também estar associado ao tempo de circulação extracorpórea (CEC), uma técnica utilizada em mais de 80% das cirurgias cardíacas. Pacientes com maior tempo de CEC apresentaram mais déficits neurológicos, como sonolência excessiva, alteração da função cognitiva e intelectual quando comparados àqueles pacientes que permaneceram menor tempo em CEC. (PAIVA et al., 2005). Ressalta-se que a incidência de disfunção cognitiva tem sido maior nos pacientes após cirurgias cardíacas do que entre os submetidos a outros procedimentos cirúrgicos. Essa incidência é ainda maior entre os pacientes mais idosos. (PAIVA et al., 2005).”

 

A questão fala sobre quadros delirantes, ou seja, da presença de delírios, e não sobre o delirium. O delírio pós-anestésico também aparenta ser comum em pacientes geriátricos, mas não há estudos epidemiológicos bem desenvolvidos sobre esse quadro. 

 

A questão foi anulada

 

Fonte: Estudo Sobre Delirium Em Pós-Operatório De Cirurgia Cardíaca, Em Um Hospital De Alta Complexidade Da Região Sul De Santa Catarina. Disponível em: http://www.uniedu.sed.sc.gov.br/wp-content/uploads/2014/04/amanda_fernandes_candido_neves.pdf

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