Segundo Cordiolli (2008), nos Transtornos por uso de substâncias, os pacientes que fazem uso de álcool têm necessidade de hospitalização, nas seguintes condições
- A) quando o paciente é capaz de participar ativamente do tratamento e não tem história de sintomas de abstinência relevantes.
- B) em que o paciente é incapaz de cumprir as mínimas solicitações ou comparece às consultas frequentemente intoxicado, ou apresenta risco de agressividade moral ou de vida.
- C) pacientes com um padrão de uso moderado, no estágio inicial que ainda não tem síndromes completas de dependência de álcool.
- D) paciente com dependência relativamente leve, poucos problemas relacionados ao álcool e pouca psicopatologia.
- E) bebedores afiliativos, que tendem a beber em quantidades moderadas em contextos sociais.
Resposta:
A alternativa correta é letra B) em que o paciente é incapaz de cumprir as mínimas solicitações ou comparece às consultas frequentemente intoxicado, ou apresenta risco de agressividade moral ou de vida.
Gabarito: Letra B
Segundo Cordiolli (2008), nos Transtornos por uso de substâncias, os pacientes que fazem uso de álcool têm necessidade de hospitalização, nas seguintes condições
Vamos ver o que Cordioli diz sobre o assunto:
“Desde o início do atendimento, caso não haja alguma emergência médica, deve-se também estar atento ao vínculo a ser estabelecido com o paciente alcoolista. Não é incomum que ele chegue bastante desconfiado, desmotivado ou mesmo obrigado pelos seus familiares. Por isso, uma entrevista com perguntas mais abertas e não-confrontativas ou preconceituosas, geralmente, promove a diminuição da ansiedade e uma maior aproximação com o paciente. Alguns pacientes tendem a minimizar, distorcer, ou mesmo negar o seu consumo de álcool. Nesses momentos, uma entrevista com algum familiar se faz necessária a fim de se obter dados mais objetivos sobre o paciente. Os testes de urina e o uso do bafômetro (alcoolímetro) são aspectos importantes da estrutura de tratamento. A aplicação desses testes, que averiguam a presença de álcool e encorajam a honestidade, ajuda a manter o paciente responsável pelo seu comportamento. A rá pida informação sobre o resultado de amostras de urina positivas ou negativas para álcool auxilia o paciente a sentir que o terapeuta está preocupado e está monitorando o seu progresso na recuperação. Tal recurso, portanto, deve ser proposto em combinação aberta com o paciente e, quando necessário, sua família, servindo como mais um dos componentes do tratamento. Se o paciente é incapaz de cumprir as mínimas solicitações ou comparece às consultas freqüentemente intoxicado, isso provavelmente constitui um indício da gravidade da dependência e da necessidade de hospitalização ou mesmo de sua remoção para algum outro ambiente que envolva mais estrutura e segurança para si e para os técnicos que o atendem. Outras indicações de internação psiquiátrica ocorrem quando o paciente apresenta algum tipo de risco de agressividade moral ou de vida, para si ou para os outros. Quando o paciente é capaz de participar ativamente do tratamento e não tem história de sintomas de abstinência relevantes, pode-se orientar uma desintoxicação em nível ambulatorial (Edwards; Dare, 1997). Os terapeutas podem, ocasionalmente, ter de se dedicar um pouco mais a pacientes dependentes do que o fariam com outros tipos de pacientes adultos psiquiátricos. As necessidades que os pacientes freqüentemente têm se expressam diretamente na relação médico-paciente, e uma resposta eventual de apoio, adequada e concreta, é provavelmente útil, especialmente nas primeiras fases do tratamento. Tal resposta pode envolver inclusive cumprimentar calorosamente o paciente na sua entrada na sala, procurar ativamente restabelecer o contato quando uma entrevista é perdida, reconhecer claramente as melhoras quando elas acontecem ou ver o paciente ocasionalmente em horários extras, caso seja necessário e se o terapeuta estiver disponível. Boa parte dessas atitudes poderia ser considerada inapropriada em alguns tipos de psicoterapia não voltados para o atendimento de dependência química, mas, nesse contexto, fazem parte da prática regular do atendimento (Edwards, 2003).”
a) quando o paciente é capaz de participar ativamente do tratamento e não tem história de sintomas de abstinência relevantes.
b) em que o paciente é incapaz de cumprir as mínimas solicitações ou comparece às consultas frequentemente intoxicado, ou apresenta risco de agressividade moral ou de vida.
c) pacientes com um padrão de uso moderado, no estágio inicial que ainda não tem síndromes completas de dependência de álcool.
d) paciente com dependência relativamente leve, poucos problemas relacionados ao álcool e pouca psicopatologia.
e) bebedores afiliativos, que tendem a beber em quantidades moderadas em contextos sociais.
A afirmativa que traz recomendação como a da bibliografia é Letra B
Fonte: Psicoterapias : abordagens atuais [recurso eletrônico] / Aristides Volpato Cordioli (organizador) – 3. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Artmed, 2008
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