Ao iniciar um processo terapêutico, o relato de uma paciente de 26 anos descreve um padrão invasivo de instabilidade de seus relacionamentos e de sua autoimagem. Relata situações em que age com muita impulsividade, chegando a dirigir de maneira imprudente e abusar do álcool para diminuir um “vazio interior constante” e para que seu parceiro “não vá embora ao vê-la assim”. Diz acreditar que seus parceiros são “maravilhosos” no princípio do relacionamento, mas logo “descobre que todas as pessoas importantes para ela a abandonam”. Passou por quatro atendimentos psiquiátricos nos últimos dois anos, em comportamentos de automutilação e ameaças suicidas em acessos de raiva, época coincidente com os períodos de términos afetivos. De acordo com o DSM-IV, este caso identifica-se mais precisamente com o diagnóstico de Transtorno da Personalidade do tipo:
- A) Paranoide.
- B) Antissocial.
- C) Dependente.
- D) Boderline.
- E) Narcisista.
Resposta:
A alternativa correta é letra D) Borderline.
O relato da paciente sugere características consistentes com o Transtorno da Personalidade Borderline (TPB), de acordo com o DSM-IV. O TPB é caracterizado por instabilidade nos relacionamentos interpessoais, autoimagem e afetos, além de impulsividade marcante. Os comportamentos de impulsividade, como dirigir imprudentemente e abusar do álcool, juntamente com uma sensação de vazio interior, são comuns nesse transtorno.
Além disso, a paciente relata um padrão de idealização inicial de seus parceiros, seguido de desilusão e percepção de abandono, o que é característico do TPB. Os episódios de automutilação e ameaças suicidas em resposta a períodos de términos afetivos também são sintomas frequentes nesse transtorno.
Portanto, o quadro descrito está mais alinhado com os critérios diagnósticos do Transtorno da Personalidade Borderline.
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