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Segundo Rovinski (2004), boa parte das perícias dos psicólogos em Varas de Família diz respeito a processos de regulamentação da guarda, após a separação dos pais da criança ou do adolescente em tela. Nesse sentido, cabe ao psicólogo desenvolver uma metodologia para a avaliação desses casos. Sobre tal metodologia, assinale a alternativa correta.

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Resposta:

ESTA QUESTÃO FOI ANULADA, NÃO POSSUI ALTERNATIVA CORRETA

Questão anulada

Segundo Rovinski (2004), boa parte das perícias dos psicólogos em Varas de Família diz respeito a processos de regulamentação da guarda, após a separação dos pais da criança ou do adolescente em tela. Nesse sentido, cabe ao psicólogo desenvolver uma metodologia para a avaliação desses casos. Sobre tal metodologia, assinale a alternativa correta.
a)  Devem-se realizar entrevistas iniciais de coleta de dados, com os genitores, referentes à história de vida, à relação matrimonial e à relação com o filho.

Certo!

“A metodologia na avaliação de casos de guarda e regulamentação de visitas pode variar conforme as características de cada caso. No entanto, uma revisão sobre o assunto (Rivera et al., 2002) mostra que as propostas de intervenção apresentadas por diversos autores se mostram muito semelhantes. De maneira geral, espera-se que o psicólogo perito realize entrevistas individuais com cada progenitor para colher dados de história pessoal, da relação matrimonial e de sua relação com o filho. Ackerman (1999) sugere que a entrevista inicial deva começar com um convite para que a pessoa fale sobre os motivos que provocaram aquela avaliação. Sugere que o psicólogo fique atento a esta resposta inicial, pois, geralmente, terá grande importância clínica para o entendimento do caso. No decorrer das entrevistas de coleta de dados deverão ainda ser investigados aspectos referentes a: informações de sua família de origem (relações familiares, história de vínculos afetivos, etc.), história educacional, história de trabalho e adaptação atual ao trabalho, tratamento psiquiátrico ou psicológico prévio, outros problemas médicos, história de problemas com a lei (na infância, adolescência ou na vida adulta), problemas com o uso de drogas lícitas ou ilícitas, história de abuso sexual, história prévia da relação conjugal (a atual que se rompeu e anteriores se houver), situações especiais de estresse relacionado a si e a seus parentes mais próximos. Segundo o autor, e confirmando a experiência da autora da presente obra, essa coleta de dados com cada progenitor pode exigir um número de entrevistas bem variado, oscilando entre uma hora a dez ou doze horas, no entanto, na maioria dos casos, consegue-se os dados mais importantes entre 2 a 3 horas de entrevista.”


b)  Num segundo momento, com os genitores, devem-se realizar entrevistas para avaliação da personalidade de cada um, com testes projetivos ou escalas de personalidade.

Certo!

“Após as entrevistas iniciais de coleta de dados deve-se partir para uma avaliação de personalidade de cada progenitor. Essa avaliação envolve a aplicação de instrumentos psicológicos para uma compreensão mais aprofundada do tipo de personalidade de um deles, com suas características relacionais. Rivera e colaboradores (2002) indicam a aplicação de testes de nível intelectual (WAIS) e de personalidade (MMPI). Ackerman (1999) também sugere o uso do MMPI, principalmente por suas escalas de controle que demonstrariam a predisposição dos sujeitos em relação à avaliação e à testagem. Na realidade brasileira, observa-se não se ter por rotina a avaliação intelectual dos pais em uma perícia de guarda, desde que não haja indicação específica para tal uso - como no caso de uma suspeita de deficiência mental. Shine (2003) corrobora com essa visão, dizendo que, em São Paulo, esses testes quase nunca são utilizados. Cita, como preferência dos psicólogos, o uso de projetivos gráficos, o TAT e o CAT (em crianças). Na experiência pessoal que se tem, observa-se que o MMPI (no momento inabilitado ao uso em nosso país) sempre contribuiu muito para a compreensão da personalidade dos pais, principalmente associado ao Método de Rorschach. Outro instrumento que tem se mostrado muito útil para este tipo de perícia é o Inventário Fatorial de Personalidade (IFP -Casa do Psicólogo, 1997), pois, além das escalas de controle (validade e desejabilidade social), oferece a possibilidade de construção de um perfil, com fatores que podem ser relacionados ao cuidado do filho (por exemplo, assistência, afiliação, agressão, ordem, entre outros).”


c)  Na avaliação da personalidade dos genitores, sempre é, no Brasil, avaliada a questão cognitiva dos pais, com aplicação de testes de inteligência como o WAIS.

Errado. Como vimos na afirmativa anterior, no Brasil esses testes quase nunca são usados.


d)  No caso da entrevista com crianças, deve-se utilizar, se possível, a entrevista de coleta de dados, nos quais se investiga sobre sua rotina com cada um dos genitores e sobre as características do seu relacionamento com eles.

Certo!

“Após a avaliação dos pais, deve-se proceder a avaliação da criança. Nesse caso, é importante considerar alguns aspectos. Da mesma forma como foi realizado com os pais, deve-se colher dados com a criança sobre sua rotina com cada um dos progenitores, bem como de características do relacionamento. Ackerman (1999) sugere que se façam perguntas do tipo: como você se sentiria se o juiz determinasse que você fosse morar com sua mãe ... e se ele determinasse que você fosse morar com seu pai? Em hipótese alguma a pergunta deveria ser feita no sentido de "Com quem você quer morar?" Questões sobre rotina, métodos de punição ou recompensa podem ser feitas através de exemplos concretos do dia-a-dia. Outras questões também são importantes: que tipo de atividades seu pai e sua mãe fazem com você? Quem cozinha para você ou quem serve o café? Quem o leva para a escola? Quem vai à escola quando tem uma reunião de pais? Que atividades você faz com seus avós, tios, primos? Quem ajuda com os temas? Quem leva ao médico? Quais são as regras da casa e quem as cobra de você?”


e)  No caso da avaliação da personalidade das crianças, podem-se utilizar testes gráficos ou projetivos, assim como a hora lúdica diagnóstica.

Certo!

“Em uma análise sobre os testes mais utilizados na avaliação de crianças em casos de disputas de guarda no Brasil, Shine (2003) verificou o uso freqüente dos testes gráficos (HTP e Desenho da família) e CAT. Silva (2003) reforça a utilização dos testes gráficos, afirmando sua importância para aliviar as tensões em crianças que apresentam excesso de defesas internas em função do elevado nível de conflito em que se encontram inseridas. Acrescenta o uso do ludodiagnóstico, principalmente entre crianças muito pequenas ou que se encontram muito comprometidas emocionalmente. Em avaUações feitas pela autora da presente obra, confirma-se a utilidade destes instrumentos, acrescentando-se, ainda, o Teste de Fábulas (CETEPP, 1993).”

 

Assim, temos quatro corretas e uma incorreta. A questão foi anulada.

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