Nas Varas de Família, o psicólogo é chamado para assessorar decisões judiciais referentes a assuntos complexos que envolvem a relação entre pais e filhos.
Nesse contexto de litígio familiar, é recomendável ao profissional psicólogo:
- A) dispensar a escuta de uma das partes litigantes quando dispor de gravações, cartas ou outros recursos;
- B) contribuir para a composição da rede pública de assistência e de saúde, visando a assegurar direitos;
- C) fixar a priori o mesmo número de atendimentos para todos os casos, evitando, assim, o risco de parcialidade pelo profissional;
- D) utilizar testes psicológicos com o objetivo exclusivo de legitimar o laudo ou o relatório psicológico;
- E) acompanhar as diligências para a busca e apreensão de crianças e/ou adolescentes.
Resposta:
A alternativa correta é letra B) contribuir para a composição da rede pública de assistência e de saúde, visando a assegurar direitos;
Gabarito: Letra B
a) dispensar a escuta de uma das partes litigantes quando dispor de gravações, cartas ou outros recursos;
Errado. Uma variedade grande de recursos pode ser importante no processo, mas jamais vai substituir a escuta de ambas as partes.
b) contribuir para a composição da rede pública de assistência e de saúde, visando a assegurar direitos;
Certo!
“No contexto do judiciário as intervenções junto às famílias podem ser de diversas ordens, desde o atendimento em separado dos seus membros, a atendimentos em conjunto, seja para observar a dinâmica familiar, seja para fins de orientação e mediação familiar, entre outras ações. Por vezes, há necessidade de se encaminhar a família para inclusão em políticas sociais específicas sendo também atribuição da(o) psicóloga(o) jurídico contribuir para a composição da rede pública de assistência e de saúde. A articulação das(os) psicólogas(os) que atuam em varas de família com as políticas públicas locais é um viés central para o trabalho intersetorial, visando a garantir e assegurar direitos da população atendida.”
c) fixar a priori o mesmo número de atendimentos para todos os casos, evitando, assim, o risco de parcialidade pelo profissional;
Errado. Em uma avaliação, o número de sessões sempre vai depender das características e dos objetivos específicos de cada caso.
d) utilizar testes psicológicos com o objetivo exclusivo de legitimar o laudo ou o relatório psicológico;
Errado. A utilização dos testes deve fazer sentido dentro dos objetivos da avaliação psicológica. O laudo psicológico decorre da avaliação, que é um processo científico e não precisa da utilização dos testes para ser legítimo.
e) acompanhar as diligências para a busca e apreensão de crianças e/ou adolescentes.
Errado. Essa não é uma função do psicólogo.
Nosso gabarito é Letra B
Fonte: Conselho Federal de Psicologia (Brasil). Referências técnicas para atuação de psicólogas (os) em varas de família / Conselho Federal de Psicologia, Conselhos Regionais de Psicologia e Centro de Referência Técnica em Psicologia e Politicas Públicas. 2. ed. Brasilia : CFP, 2019.
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