A palavra forense é originada da palavra latina forensis que significa do fórum e era usada para descrever um local na Roma Antiga. Sobre as áreas de atuação na psicologia forense, assinale a alternativa correta.
- A) O foco dos psicólogos forenses é a investigação da cena do crime. Eles são convocados para localizar detalhes e demarcações, no cumprimento da lei.
- B) A avaliação forense utiliza métodos forenses não similares à avaliação terapêutica geral, pois visa coletar informações que permitam a conclusão sobre a saúde mental do indivíduo avaliado e informar aspectos específicos e relevantes à justiça requerida, por meio de avaliação própria.
- C) O objetivo primário da avaliação forense é diagnosticar e tratar as dificuldades emocionais e psicológicas relevantes do examinando.
- D) Informações de arquivo e testes de personalidade e neuropsicológicos são utilizados para auxiliar nas avaliações e para detectar simulações de sintomas.
- E) Os psicólogos forenses podem prestar consultoria a advogados ou aos tribunais na compreensão de aspectos do comportamento humano, quando estes envolverem diretamente a avaliação ou o tratamento de indivíduos.
Resposta:
A alternativa correta é letra D) Informações de arquivo e testes de personalidade e neuropsicológicos são utilizados para auxiliar nas avaliações e para detectar simulações de sintomas.
Gabarito Letra D
A palavra forense é originada da palavra latina forensis que significa do fórum e era usada para descrever um local na Roma Antiga. Sobre as áreas de atuação na psicologia forense, assinale a alternativa correta.
a) O foco dos psicólogos forenses é a investigação da cena do crime. Eles são convocados para localizar detalhes e demarcações, no cumprimento da lei.
Errado. Psicólogos forenses atuam como psicólogos, ou seja, estudam o comportamento, no contexto que envolve aplicação de leis.
“Muitas pessoas equiparam a psicologia forense à ciência forense ou à aplicação da lei. Elas acham que os psicólogos forenses chegam até a cena do crime, examinam a área e, por fim, identificam várias pistas que vão ajudar a capturar o criminoso. Continuamente você vê essas situações retratadas em programas de televisão, na mídia em notícias e no cinema. Na verdade, pesquisas sugerem que essas imagens na mídia podem conduzir a inúmeras percepções incorretas sobre a psicologia forense em geral. Entretanto, os psicólogos não são convocados rotineiramente para coletar amostras de DNA, analisar uma amostra de sujeira deixada para obter a localização geográfica de onde ela se originou ou até para traçar os assim chamados perfis psicológicos. Os psicólogos forenses não são biólogos ou químicos e raramente são investigadores na cena do crime ou oficiais no cumprimento da lei. Parece estranho, mas eles são simplesmente psicólogos. Eles estudam o comportamento humano e procuram aplicar esses princípios para auxiliar o sistema legal.”
b) A avaliação forense utiliza métodos forenses não similares à avaliação terapêutica geral, pois visa coletar informações que permitam a conclusão sobre a saúde mental do indivíduo avaliado e informar aspectos específicos e relevantes à justiça requerida, por meio de avaliação própria.
Errado. A avaliação forense exige cuidados específicos por parte do profissional, uma vez que está mais sujeita a manipulações ou dissimulações por parte do avaliando, mas utiliza instrumentos semelhantes a outros tipos de avaliações psicológicas.
c) O objetivo primário da avaliação forense é diagnosticar e tratar as dificuldades emocionais e psicológicas relevantes do examinando.
Errado. O psicólogo forense não atua como um terapeuta do avaliando, ele avalia aspectos relevantes ao processo jurídico em questão, para auxiliar as autoridades envolvidas a tomarem decisões mais acertadas.
d) Informações de arquivo e testes de personalidade e neuropsicológicos são utilizados para auxiliar nas avaliações e para detectar simulações de sintomas.
Certo! Como dito, o psicólogo deve ficar atento a possíveis tentativas de “trapaça” do avaliando no processo. Para isso, é importante utilizar testes que sejam mais difíceis de controlar, como os testes projetivos, por exemplo.
“Além dos indicadores menos formais em uma entrevista clínica, vários outros instrumentos são usados para identificar a simulação de sintomas. Diversas medidas clínicas rotineiramente usadas, como o MMPI-2, estabeleceram escalas de validade para avaliar padrões de resposta distorcidos e pesquisas identificaram padrões de perfil específicos que sugerem simulação (Bagby, Nicholson Buis e Bacchiochi, 2000). Conforme mencionado anteriormente, a SIRS é uma entrevista clínica estruturada que demonstrou confiabilidade e validade significativas na identificação de indivíduos que estão simulando psicopatologia (Rogers et al., 1992). Além disso, existem medidas específicas que com frequência são usadas para avaliar a simulação de prejuízos neuropsicológicos ou cognitivos, incluindo o Teste de Simulação de Problemas de Memória (TOMM).”
e) Os psicólogos forenses podem prestar consultoria a advogados ou aos tribunais na compreensão de aspectos do comportamento humano, quando estes envolverem diretamente a avaliação ou o tratamento de indivíduos.
Errado. De fato, os psicólogos forenses oferecem consultoria a advogados e juízes para compreensão de aspectos do comportamento humano, mas é antiético que o mesmo profissional envolvido na avaliação ou tratamento de um indivíduo forneça informações sobre ele, a menos que a avaliação seja feita a pedido do sistema de justiça.
Nosso gabarito é Letra D.
Referência
Matthew T. Huss. Psicologia Forense: : pesquisa, prática clínica e aplicações. Porto Alegre : Artmed, 2011.
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