Mesmo com a Lei n. 11.340/2006, chamada de Lei Maria da Penha, ainda há muito a ser mudado tanto nos atendimentos psicológicos, como na cultura brasileira (MONTEIRO e PIOVEZAN, 2015). Assim, sobre o papel do psicólogo jurídico, com relação à aplicação da Lei supracitada, é incorreto afirmar:
- A) O psicólogo deve agir de modo a acolher a mulher em situação de violência, auxiliando de modo a reduzir sua ansiedade.
- B) Manter uma escuta ativa é fundamental para que a vítima sinta-se bem diante do psicólogo jurídico.
- C) O psicólogo jurídico, quando solicitado pelo juiz a emitir parecer psicológico, deve prezar pelo sigilo a mulher vítima de violência, revelando apenas o necessário para desenvolvimento das atividades judiciárias.
- D) Diante da vítima, convém adotar uma postura neutra, pois o psicólogo compreende que intimamente a manutenção da violência doméstica se dá porque a mulher gosta da situação.
- E) O trabalho do psicólogo deve pautar-se no respeito ao outro, paciência e compreensão.
Resposta:
A alternativa correta é letra D) Diante da vítima, convém adotar uma postura neutra, pois o psicólogo compreende que intimamente a manutenção da violência doméstica se dá porque a mulher gosta da situação.
Gabarito: Letra D
Mesmo com a Lei n. 11.340/2006, chamada de Lei Maria da Penha, ainda há muito a ser mudado tanto nos atendimentos psicológicos, como na cultura brasileira (MONTEIRO e PIOVEZAN, 2015). Assim, sobre o papel do psicólogo jurídico, com relação à aplicação da Lei supracitada, é incorreto afirmar:
a) O psicólogo deve agir de modo a acolher a mulher em situação de violência, auxiliando de modo a reduzir sua ansiedade.
Certo. A primeira intervenção do psicólogo nesse contexto é de acolher a mulher e fazer com que ela se sinta segura, e auxiliar a reduzir sua ansiedade.
“(...) Cabe ao serviço da psicologia, para que a resolução e esclarecimento do problema apresentado sejam efetivados, diminuir o nível de ansiedade da suposta vitima e prepará-la psiquicamente para o enfrentamento legal do problema, se necessário for. (...)Segundo Soares e Silva (1992) apud Hanada (2007)16 , faz-se necessário ajudar esta mulher a discriminar o que pertence a sua história individual e o que é próprio da sua condição feminina, orientá-la com informações objetivas sobre os seus direitos. Em outras palavras, fortalecê-la para que possa sair da situação de violência que se encontra.”
b) Manter uma escuta ativa é fundamental para que a vítima sinta-se bem diante do psicólogo jurídico.
Certo. Em qualquer contexto de trabalho do psicólogo, mas em especial em situações de violência, ele deve manter uma escuta ativa e atenta.
c) O psicólogo jurídico, quando solicitado pelo juiz a emitir parecer psicológico, deve prezar pelo sigilo a mulher vítima de violência, revelando apenas o necessário para desenvolvimento das atividades judiciárias.
Certo. Essa é uma obrigação ética que não se limita a essa situação, devendo ser cumprida em qualquer contexto de trabalho do psicólogo.
d) Diante da vítima, convém adotar uma postura neutra, pois o psicólogo compreende que intimamente a manutenção da violência doméstica se dá porque a mulher gosta da situação.
Errado! O psicólogo jamais deve assumir que a vítima “gosta” e mantém a violência por vontade própria, sendo essa uma conduta com grande potencial de causar uma revitimização.
e) O trabalho do psicólogo deve pautar-se no respeito ao outro, paciência e compreensão.
Certo. Essa é, mais uma vez, uma conduta que o psicólogo deve ter em qualquer contexto de trabalho, mas especialmente com vítimas de violência.
Nosso gabarito é Letra D
Fonte: PIOVEZAN, Bianca Aparecida; MONTEIRO, Carla Fernanda Barbosa. Intervenções Do Profissional Do Psicólogo Do Suas No Atendimento À Mulheres Vítimas De Violência Doméstica: Uma Revisão Dos Últimos 10 Anos. TCC (Graduação) - Curso de Psicologia, Faculdade Ingá; Paiçandu
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