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Debora e Roberto estão separados há três anos e possuem um filho em comum. Ela possui a guarda da criança e ele, o direito de visita, restrito aos finais de semana e mais um dia da semana. Contudo, Debora reclama que Roberto não vem cumprindo os horários, com atrasos que prejudicam os deveres escolares que o filho faz à noite. Por sua vez, Roberto diz que ela exagera em relação ao horário e que os atrasos são justificados. Ele sugere também pegar a criança na escola em vez de na casa materna, onde ele convivia com a ex-mulher.


À luz da psicologia jurídica voltada para a área de família, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.

 

( ) O genitor que fica na residência com o filho tem mais facilidade de realizar o luto da separação, pois enfrenta diariamente a realidade na qual o ex-companheiro está ausente do lar doméstico.

 

( ) Os modelos rígidos, burocráticos e preconcebidos de visita podem criar dificuldades para o genitor descontínuo acompanhar e participar do desenvolvimento do filho.

 

( ) O paradigma de “visita” deveria ser modificado para o de “convivência”, já que o significado de ir-ver ou inspecionar, presente no primeiro, não valoriza a ideia de intimidade, familiaridade, trato diário.


As afirmativas são, respectivamente,

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Resposta:

A alternativa correta é letra A) V, V e V.

Análise dos itens:

(V) O genitor que fica na residência com o filho tem mais facilidade de realizar o luto da separação, pois enfrenta diariamente a realidade na qual o ex-companheiro está ausente do lar doméstico. CORRETO.

Todo processo de luto exige um tempo para elaboração psíquica daquela perda. Não foi encontrado na literatura uma referência que viesse a confirmar a afirmativa, porém considerando a justificativa apresentada, de que o genitor que permanece na residência com o filho enfrenta diariamente a realidade da ausência do ex-companheiro, conseguimos, por associação com o processo de luto da morte, inferir que isso realmente ocorre. O genitor que fica na residência elabora aquela perda diariamente. 

(V) Os modelos rígidos, burocráticos e preconcebidos de visita podem criar dificuldades para o genitor descontínuo acompanhar e participar do desenvolvimento do filho. CORRETO.

Se o genitor guardião for inflexível e não colaborar com as visitas do genitor não guardião, o filho acaba vendo pouco o genitor, por falta de opções de horários ou impossibilidade de remanejar os horários. Isso traz dificuldades para o genitor não guardião acompanhar o desenvolvimento do filho.

(V) O paradigma de “visita” deveria ser modificado para o de “convivência”, já que o significado de ir-ver ou inspecionar, presente no primeiro, não valoriza a ideia de intimidade, familiaridade, trato diário. CORRETO.

O processo de regulamentar visitas nada mais é do que garantir o direito do filho de conviver com o genitor(a) não guardião. Portanto, seria mais adequado a mudança do termo para "convivência" ao invés de "visita".


Considerando os itens e as justificativas, constatamos que as afirmativas são, respectivamente, V, V e V.

 


 

 

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