Prevenir a violência contra a criança e o adolescente é possível e quanto mais cedo se inicia a prevenção, maiores são as chances de proteger os membros da família desse problema. Uma das formas de prevenir a violência familiar é:
- A) o controle de natalidade realizado pelo serviço público de saúde, já que em famílias menos numerosas não ocorrem casos de violência.
- B) evitar abordar o tema da violência sexual junto aos familiares, crianças e adolescentes, pois esclarecer sobre a sexualidade pode favorecer a realização de atos violentos.
- C) não acompanhar as famílias no processo de construção de novos modos de agir e de educar as crianças e adolescentes, pois cada grupo familiar deve saber previamente como agir de forma adequada no contexto social e familiar.
- D) orientar as famílias, mas isso não implica que seja possível evitar que as violências que já ocorreram voltem a acontecer, pois, uma vez instalada, a violência não pode ser contida.
- E) identificar as situações familiares que podem gerar maior vulnerabilidade às práticas violentas, pelas dificuldades e desgaste que ocasionam.
Resposta:
A alternativa correta é letra E) identificar as situações familiares que podem gerar maior vulnerabilidade às práticas violentas, pelas dificuldades e desgaste que ocasionam.
Gabarito: Letra E
Prevenir a violência contra a criança e o adolescente é possível e quanto mais cedo se inicia a prevenção, maiores são as chances de proteger os membros da família desse problema. Uma das formas de prevenir a violência familiar é:
a) o controle de natalidade realizado pelo serviço público de saúde, já que em famílias menos numerosas não ocorrem casos de violência.
Errado. A violência familiar pode ocorrer em famílias de qualquer tamanho.
b) evitar abordar o tema da violência sexual junto aos familiares, crianças e adolescentes, pois esclarecer sobre a sexualidade pode favorecer a realização de atos violentos.
Errado. Quando a criança tem consciência do que é violência sexual ela pode procurar ajuda quando estiver em risco, favorecendo sua proteção.
c) não acompanhar as famílias no processo de construção de novos modos de agir e de educar as crianças e adolescentes, pois cada grupo familiar deve saber previamente como agir de forma adequada no contexto social e familiar.
Errado. As famílias, na maior parte das vezes, não sabem previamente como agir, fazendo com que seja bem útil um acompanhamento profissional.
d) orientar as famílias, mas isso não implica que seja possível evitar que as violências que já ocorreram voltem a acontecer, pois, uma vez instalada, a violência não pode ser contida.
Errado. Apesar de ser mais difícil conter que evitar, é possível sim acabar com uma violência já instalada.
e) identificar as situações familiares que podem gerar maior vulnerabilidade às práticas violentas, pelas dificuldades e desgaste que ocasionam.
Certo!
“Outra forma de prevenir a violência é identificar as situações familiares que podem gerar maior vulnerabilidade às práticas violentas, pelas dificuldades e desgaste que ocasionam. Situações como perda de emprego, uso abusivo de álcool e outras drogas, separação conjugal, morte de um de seus membros requerem atenção redobrada à família no sentido de ajudá-la a lidar com tais adversidades e a minimizar a busca da violência como forma de enfrentá-las. A violência sexual também deve ser trabalhada preventivamente, junto aos familiares, crianças e adolescentes. É possível abordar, com linguagem apropriada às faixas etárias, a questão da sexualidade e dos toques corporais socialmente adequados e inadequados entre uma criança e alguém mais velho do que ela ou adulto. Há ainda a possibilidade de fazer prevenção evitando que as violências que já ocorreram voltem a acontecer, seja nas relações atuais ou se perpetuando pelas gerações futuras (violência intergeracional). Inicia-se pela adoção de medidas preventivas à ação violenta, demonstrando com a necessária firmeza que crianças e adolescentes são sujeitos de direitos e, portanto, a sociedade não tolera que sejam alvos de violações. Nessa perspectiva, a ação dos profissionais ganha um papel crucial e para isso é indispensável proporcionar a educação permanente dos técnicos que atuam nos serviços.”
Fonte:
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Linha de cuidado para a atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e suas famílias em situação de violências: orientação para gestores e profissionais de saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2010.
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