Em se tratando da avaliação psicológica realizada no contexto forense é possível dizer que as entrevistas
- A) são idênticas àquelas realizadas no modelo clínico já que os objetivos e a metodologia são iguais.
- B) não devem pressupor situações ligadas à dissimulação e simulação do entrevistado.
- C) desconsideram informações e fatos ocorridos no passado focando apenas o momento presente da situação.
- D) não devem se prestar a confirmar a validade dos achados e dos próprios métodos utilizados.
- E) devem extrapolar o objetivo da investigação do mundo interno do avaliando, para valorizar, também, aspectos de sua realidade objetiva.
Resposta:
A alternativa correta é letra E) devem extrapolar o objetivo da investigação do mundo interno do avaliando, para valorizar, também, aspectos de sua realidade objetiva.
Gabarito Letra E
Em se tratando da avaliação psicológica realizada no contexto forense é possível dizer que as entrevistas
a) são idênticas àquelas realizadas no modelo clínico já que os objetivos e a metodologia são iguais.
b) não devem pressupor situações ligadas à dissimulação e simulação do entrevistado.
c) desconsideram informações e fatos ocorridos no passado focando apenas o momento presente da situação.
d) não devem se prestar a confirmar a validade dos achados e dos próprios métodos utilizados.
e) devem extrapolar o objetivo da investigação do mundo interno do avaliando, para valorizar, também, aspectos de sua realidade objetiva.
Rovinski e Cruz apresentam em seu livro Psicologia Jurídica (2009) os seguintes diferenciais da entrevista psicológica no contexto forense:
“Na área forense, a entrevista psicológica pode estar relacionada a vários objetivos, dependendo da demanda jurídica a que estiver associada. Conforme Melton e colaboradores (1997), nas avaliações psicológicas forenses o objetivo será buscar, através da compreensão psicológica do caso, a resposta a uma questão legal expressa pelo juiz ou por outro agente jurídico. As demandas das avaliações forenses, geralmente, versam sobre situações da vida real, como cuidar de filhos, capacidade para o trabalho, ou outras que envolvam previsibilidade de condutas, extrapolando questões exclusivamente voltadas a um diagnóstico clínico.
Um outro diferencial destas avaliações, conforme discutido por Rovinski (2004), é a necessidade dos entrevistadores forenses lidarem constantemente com a possibilidade da simulação ou dissimulação dos entrevistados. Aqui não se faz referência à possibilidade de resistência no relato das informações por conflitos inconscientes, mas a atuações premeditadas de distorção e omissão. De modo geral, poder-se-ia dizer que a entrevista no contexto de avaliação forense deve extrapolar o objetivo da investigação do mundo interno do avaliando, para valorizar, também, aspectos de sua realidade objetiva.
Outro aspecto salientado por Köhnken (1995), nas entrevistas realizadas no contexto do judiciário, diz respeito à necessidade de se recuperarem informações a respeito de fatos ocorridos no passado. Nestes casos, a palavra da vítima ou testemunha adquire fundamental importância para a resolução do processo judicial e o trabalho realizado na entrevista dirige-se à obtenção destas informações. A avaliação das emoções, atitudes e opiniões toma uma menor importância em relação aos dados que deverão ser lembrados das situações vivenciadas no passado.“
Através do trecho apresentado, percebemos que nosso gabarito é Letra E.
Referência
ROVINSKI, Liane Reichert; CRUZ, Roberto Moraes. Psicologia jurídica: perspectivas teóricas e processos de intervenção. São Paulo: Vetor, 2009.
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