Observa-se, no exercício profissional dos psicólogos no âmbito do judiciário, a predominância das atividades de confecções de laudos, pareceres e relatórios. No pressuposto do que cabe à Psicologia, à luz do artigo “Pensando a Psicologia aplicada à Justiça”, publicado em “Psicologia Jurídica no Brasil”, assinale a opção correta.
- A) Não se trata de uma prática predominantemente avaliativa, pois a confecção de laudos, pareceres e relatórios visa subsidiar o processo de tomada de decisão dos magistrados, que é o objetivo da inserção da Psicologia no âmbito do judiciário.
- B) É um pressuposto que não pode ser criticado, dentre outras razões, pelo fato de ser compartilhado pela nova geração de psicólogos e por estar descrito na literatura atual como sendo uma prática inovadora e fundamentada na legislação em vigor.
- C) É um pressuposto que tem causado mal-estar entre a nova geração de psicólogos, que preferiria ter de si uma imagem menos comprometida com a manutenção da ordem social vigente, considerada injusta e excludente.
- D) Trata-se de um pressuposto defendido em textos atuais e compartilhado entre os psicólogos, demonstrando que a questão da interseção da Psicologia com o Direito, diz respeito ao bom ou mau uso da técnica e à habilidade ou não do perito.
- E) as críticas a esse pressuposto são infundadas, pois a psicologia deve buscar uma prática fundamentada em instrumentos capazes de nortear e assessorar a prática jurídica.
Resposta:
A alternativa correta é letra C) É um pressuposto que tem causado mal-estar entre a nova geração de psicólogos, que preferiria ter de si uma imagem menos comprometida com a manutenção da ordem social vigente, considerada injusta e excludente.
Gabarito Letra C
Observa-se, no exercício profissional dos psicólogos no âmbito do judiciário, a predominância das atividades de confecções de laudos, pareceres e relatórios. No pressuposto do que cabe à Psicologia, à luz do artigo "Pensando a Psicologia aplicada à Justiça", publicado em "Psicologia Jurídica no Brasil'', assinale a opção correta.
a) Não se trata de uma prática predominantemente avaliativa, pois a confecção de laudos, pareceres e relatórios visa subsidiar o processo de tomada de decisão dos magistrados, que é o objetivo da inserção da Psicologia no âmbito do judiciário.
Errado. Justamente por ter essa função de confecção desses documentos, o artigo mencionado apresenta a psicologia jurídica como predominantemente avaliativa.
“Constata-se, no exercício profissional dos psicólogos no âmbito judiciário, a predominância das atividades de confecções de laudos, pareceres e relatórios, no pressuposto de que cabe à Psicologia, neste contexto, uma atividade predominantemente avaliativa e de subsídio aos magistrados”
b) É um pressuposto que não pode ser criticado, dentre outras razões, pelo fato de ser compartilhado pela nova geração de psicólogos e por estar descrito na literatura atual como sendo uma prática inovadora e fundamentada na legislação em vigor.
Errado. Esse pressuposto, de que cabe a psicologia no contexto jurídico ser uma atividade predominantemente avaliativa e de subsídio aos magistrados, pode e é criticado, especialmente pela nova geração de psicólogos.
“Este pressuposto, em bora defendido em textos clássicos de Psicologia (Jacó-Vilela, 2000) e regulamentado pela legislação brasileira, tem causado mal-estar entre a nova geração de psicólogos, que preferiria ter de si um a imagem menos comprometida com a manutenção da ordem social vigente, considerada injusta e excludente. Este mal-estar tem sido crescente, possibilitado, dentre outras razões, pelo advento1 de um a literatura crítica, demonstrando que a questão da interseção da Psicologia com o Direito não diz respeito apenas ao bom ou mau uso da técnica, à habilidade ou não do perito.”
c) É um pressuposto que tem causado mal-estar entre a nova geração de psicólogos, que preferiria ter de si uma imagem menos comprometida com a manutenção da ordem social vigente, considerada injusta e excludente.
Certo! Vimos essa informação no trecho apresentado na afirmativa anterior.
d) Trata-se de um pressuposto defendido em textos atuais e compartilhado entre os psicólogos, demonstrando que a questão da interseção da Psicologia com o Direito, diz respeito ao bom ou mau uso da técnica e à habilidade ou não do perito.
Errado. A questão da interseção da Psicologia com o Direito não diz respeito apenas ao bom ou mau uso da técnica, à habilidade ou não do perito.
e) as críticas a esse pressuposto são infundadas, pois a psicologia deve buscar uma prática fundamentada em instrumentos capazes de nortear e assessorar a prática jurídica.
Errado. As críticas a esse pressuposto vão muito além dos instrumentos.
Nosso gabarito é Letra C
Fonte: Hebe Signorini Gonçalves Eduardo ponte Brandão. Psicologia Jurídica no Brasil. Rio de Janeiro: Nau Editora, 2009.
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