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(UNIMONTES/2010) Brancos pobres, mestiços e libertos com frequência viviam na dependência dos senhores de engenho ou outros fazendeiros, recebendo às vezes parcelas de terra em arrendamento ou parceria (…) Sabe-se ainda da existência de uma população crescente de lavradores independentes em terras próprias ou ocupando terras devolutas, produzindo alimentos em regime de autossubsistência ou para mercados locais, sempre ameaçados pelos fazendeiros em sua posse, em geral conhecidos em suas características.

CARDOSO, Ciro Flamarion. O trabalho na colônia. In: FERREIRA, Olavo Leonel. História do Brasil. São Paulo: Ática, 2010.

O texto acima

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Resposta:

A alternativa correta é a letra b.

O texto acima relativiza a explicação da estrutura econômica colonial baseada no trinômio latifúndio-exportação-trabalho escravo, ao mostrar que havia outras formas de trabalho e de ocupação da terra na colônia, além da produção açucareira. O autor menciona a existência de brancos pobres, mestiços e libertos que viviam na dependência dos senhores de engenho ou de outros fazendeiros, recebendo terras em arrendamento ou parceria, e também de lavradores independentes que produziam alimentos em terras próprias ou devolutas, para a subsistência ou para os mercados locais. Esses grupos sociais representavam uma diversidade e uma complexidade que não podem ser ignoradas na análise da sociedade colonial brasileira.

As outras alternativas são incorretas por:

  • a) O texto não referenda as teses que advogam o predomínio do trabalho não escravo na colônia, incluindo a mão de obra indígena, pois ele não nega a importância do trabalho escravo africano na economia colonial, nem afirma que a mão de obra indígena era predominante. O texto apenas reconhece que havia outras formas de trabalho, que conviviam com a escravidão, mas não a substituíam.
  • c) O texto não aponta para o fácil acesso à terra na América Portuguesa, aspecto que coloca em xeque as teses da hegemonia dos grandes proprietários, pois ele não sugere que a terra era abundante e disponível para todos, nem que os grandes proprietários eram minoritários ou irrelevantes. O texto apenas indica que havia lavradores independentes que ocupavam terras próprias ou devolutas, mas que estavam sempre ameaçados pelos fazendeiros em sua posse, o que revela a existência de conflitos e disputas pela terra na colônia.
  • d) O texto não enumera vários fatores, entre eles a presença dos mestiços e libertos, que explicam as dificuldades da Coroa e da Igreja em disciplinar a sociedade colonial, pois ele não se propõe a analisar as relações entre a metrópole e a colônia, nem o papel da Igreja na colonização. O texto apenas descreve alguns aspectos da composição social e da organização econômica da colônia, sem entrar em questões políticas ou religiosas.
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