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A síndrome respiratória aguda severa (SARS) apareceu inicialmente na China, em novembro de 2002. Uma epidemia global, que ocorreu nos oito meses seguintes, infectou 8000 pessoas e matou mais de 700. Os pesquisadores, rapidamente, identificaram o agente infeccioso como um coronavírus, vírus com uma única fita simples de RNA com genoma (classe IV) não conhecido previamente por causar doença no homem.

CAMPBELL, Neil A. & REECE, Jane. Biologia. Porto Alegre Artmed. 8 ed, 2010. P 391. Adaptado.

O vírus causador da SARS pode ser considerado como um exemplo de vírus de caráter emergente por apresentar algumas características que são específicas deste tipo de caráter, como

Resposta:

A alternativa correta é letra A) a presença de mutações direcionadas para aumentar a capacidade do vírus de sobreviver em ambientes intracelulares que até então não eram passíveis de contaminação.

Gabarito da banca: Letra "A"

Entendimento: Letra "A"


Acompanhe minha análise:

 

a)  a presença de mutações direcionadas para aumentar a capacidade do vírus de sobreviver em ambientes intracelulares que até então não eram passíveis de contaminação.

CORRETA.


b)  o aumento abrupto na incidência ou severidade do quadro de infecção da população pela evolução de uma nova variante viral, em locais onde, anteriormente, não existiam registros semelhantes.

ERRADA. O principal processo que dá origem ao caráter emergente é a mutação. Anote aí:

Como que esses vírus surgem na população humana, dando origem a doenças nocivas previamente raras ou até mesmo desconhecidas? Três processos contribuem para a emergência de doenças virais. O primeiro, e talvez o mais importante, é a mutação nos vírus existentes. Os vírus de RNA tendem a apresentar altas taxas de mutação devido aos erros na replicação de seu genoma de RNA não corrigidos pela verificação de erros. Algumas mutações transformam os vírus existentes em novas variedades genéticas (cepas) que podem causar doenças, mesmo em indivíduos imunes ao vírus ancestral. Por exemplo, as epidemias de gripe sazonais são causadas por novas cepas do vírus influenza, diferentes geneticamente das cepas anteriores o suficiente para que as pessoas apresentem pouca imunidade contra eles. [...].

 

Um segundo processo que pode levar à emergência de uma doença viral é a disseminação de uma doença viral de uma pequena população isolada. Por exemplo, a Aids permaneceu desconhecida e não detectada por décadas até começar a se espalhar pelo mundo. Nesse caso, fatores tecnológicos e sociais, incluindo o baixo custo das viagens internacionais, transfusões sanguíneas, promiscuidade sexual e abuso de drogas intravenosas, permitiram que uma doença humana antes rara se tornasse um problema global.

 

Uma terceira fonte de novas doenças virais no ser humano é sua disseminação a partir dos vírus existentes nos animais. Os cientistas estimam que cerca de três quartos das novas doenças humanas se originam dessa maneira. Animais que portam e transmitem determinado vírus, sem serem afetados por ele atuam como reservatórios naturais. Por exemplo, o H1N1 que causou a pandemia de gripe em 2009, supramencionada, provavelmente passou para a espécie humana a partir dos porcos. Por essa razão, a doença causada por esse vírus foi originalmente denominada de “gripe suína”.

 

As epidemias de gripe fornecem um exemplo educativo dos efeitos do movimento dos vírus entre as espécies. Há três tipos de vírus influenza: tipo B e tipo C que infec-tam somente o ser humano e nunca causaram epidemias, e o tipo A que infecta muitos animais, incluindo pássaros, porcos, cavalos e seres humanos. As cepas de influenza A causaram as quatro maiores epidemias de gripe no ser humano nos últimos cem anos. A pior delas foi a pandemia de “gripe espanhola” (epidemia global) que matou, entre 1918 e 1919, 40 a 50 milhões de pessoas, incluindo muitos soldados da Primeira Guerra Mundial. (p. 402-403, grifo meu).

Referência: REECE, J. B. et al. Biologia de Campbell. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.

 

c)   a capacidade específica do material genético do vírus de interagir com o DNA da célula e utilizar a maquinária celular para a produção de novas proteínas virais.

ERRADA. Todos os vírus fazem isso. É da rotina evolutiva dos vírus. O que favorece a disseminação de vírus de caráter emergente é ocorrência de mutações, disseminação a partir de uma pequena população para uma população grande, a passagem de vírus de uma espécie animal (reservatório) para outra espécie.


d)  a utilização de componentes da membrana da célula parasitada como envelope a ser utilizado pelo vírus como estratégia na Infecção de novas células hospedeiras.

ERRADA. Também é a rotina evolutiva dos vírus.


e)  a presença exclusiva do DNA como material genético viral que deverá ser utilizado na composição dos RNAs mensageiros durante a reprodução da carga viral em células hospedeiras.

ERRADA. Os vírus de RNA têm mais chances assumirem caráter emergente, pois é uma molécula mais instável que o DNA.

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