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A necessidade da parede celular para a sobrevivência da célula é uma fraqueza da qual o nosso corpo se aproveita para combater as bactérias infecciosas. Nosso organismo produz a lisozima, uma enzima capaz de quebrar as ligações entre os açúcares N-acetilglicosamina, NAG, e o ácido N-acetilmurâmico, NAM. Isto enfraquece a parede celular e permite que a água penetre na célula, estourando-a. O antibiótico penicilina também ataca vários pontos da síntese do peptidioglicano, o que bloqueia, definitivamente, a formação da parede celular e causa a morte da célula.

STEARNS, Jennifer C. Microbiologia para leigos. Rio de Janeiro:

Alta Books, 2018. P.39.

Com base na informação do texto e no conhecimento adquirido a respeito das paredes celulares no combate à infecções bacterianas, é correto afirmar:

Resposta:

A alternativa correta é letra D) A ação da lisozima sobre a parede bacteriana impede que a bactéria mantenha o controle, através da pressão de turgor, da entrada de água na célula para a manutenção do seu equilíbrio osmótico.

Gabarito da banca: Letra "D"

Entendimento: Letra "D"


Acompanhe minha análise:

 

a)  Os seres procariontes, como as arqueas e as bactérias, apresentam parede celular composta por peptidioglicano com função de reforço externo e proteção aos agentes nocivos do ambiente.

ERRADA. Trata-se dos peptídeos que, junto com polissacarídeo (açúcar), formam peptideoglicano, que é encontrado apenas bactérias, nunca em arqueobactérias. Anote aí:

As paredes celulares de bactérias apresentam uma camada rígida, que é a principal responsável pela rigidez da estrutura. Essa camada rígida, denominada peptideoglicano, é um polissacarídeo composto por dois derivados de açúcares – N-acetilglicosamina e ácido N-acetilmurâmico – além de alguns aminoácidos, incluindo l-alanina, d-alanina, ácido d-glutâmico e, ou l-lisina ou uma molécula estruturalmente similar, ácido diaminopimélico (DAP). Esses componentes estão associados para originar uma estrutura repetitiva chamada de tetrapeptídeoglicano.

[...]

O peptideoglicano encontra-se presente apenas em espécies de bactérias; o ácido N-acetilmurâmico e o análogo de aminoácido DAP nunca foram encontrados em paredes celulares de arqueias ou eucariotos. Entretanto, nem todas as bactérias examinadas apresentam DAP em seu peptideoglicano; algumas apresentam lisina em vez de DAP. Uma característica pouco comum do peptideoglicano refere-se à presença de dois aminoácidos na configuração do estereoisômero d, a d-alanina e o ácido d-glutâmico. As proteínas, em contrapartida, são sempre formadas de l-aminoácidos. Mais de 100 tipos quimicamente diferentes de peptideoglicano já foram descritos, que variam em suas ligações cruzadas e/ou pontes interpeptídicas. Em contrapartida, a porção glicano de todos os peptideoglicanos é constante; somente os açúcares N-acetilglicosamina e ácido N-acetilmurâmico encontram-se presentes e são conectados por uma ligação b-1,4. (p. 41-42, grifo meu).

Referência: MADIGAN, M. T. et al. Microbiologia de Brock. 14. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.


b)  Os antibióticos ativos apresentam, como característica básica e universal, a degradação progressiva da parede celular das bactérias como forma de ação antibactericida.

ERRADA. Na verdade, ocorre por inibição da ligação cruzada do peptideoglicano. Anote aí:

A eficácia de certos antibióticos, como a penicilina, procede de sua inibição sobre a ligação cruzada do peptideoglicano. A parede celular resultante pode não ser funcional, particularmente em bactérias gram-positivas. Esses medicamentos destroem muitas espécies de bactérias patogênicas sem afetar negativamente as células humanas, pois as mesmas não têm peptideoglicano. (p. 68, grifo meu).

Referência: REECE, J. B. et al. Biologia de Campbell. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.

 

c)  As bactérias são seres de nutrição heterótrofa que obtém, invariavelmente, os nutrientes necessários ao seu metabolismo a partir dos seus hospedeiros vegetais ou animais, incluindo a espécie humana.

ERRADA. Dentre as bactérias autótrofas, há aquelas que realizam quimiossíntese, chamadas de bactérias quimioautotróficas, e as que realizam fotossíntese bacteriana, chamadas de bactérias fotoautotróficas.


d)  A ação da lisozima sobre a parede bacteriana impede que a bactéria mantenha o controle, através da pressão de turgor, da entrada de água na célula para a manutenção do seu equilíbrio osmótico.

CORRETA.


e)  Os açúcares NAG e NAM, presentes na parede bacteriana, estabelecem, através de suas ligações químicas, o controle por autorregeneração da intensa capacidade fagocitária destes organismos.

ERRADA. A parede celular bacteriana é formada por peptideoglicano, em que a parte sacarídica é formada por dois açúcares, N-acetilglicosamina(NAG) e N-acetilmurâmico (NAM). Mas a parede celular não tem essa função de "autorregeneração". Anote aí:

A parede celular de muitos procariotos é envolvida por uma camada adesiva de polissacarídeos ou proteína. Essa camada é chamada de cápsula se ela é densa e bem definida [...] ou uma camada mucosa se ela não é tão bem organizada. Os dois tipos de camadas externas adesivas permitem aos procariotos aderir-se ao seu substrato ou a outros indivíduos em uma colônia. Algumas cápsulas e camadas mucosas protegem contra a desidratação e outras defendem os procariotos patogênicos do ataque pelo sistema imune de seus hospedeiros.  (p. 568, grifo meu).

Referência: REECE, J. B. et al. Biologia de Campbell. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.

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