A terapia focada na transferência para o tratamento de transtornos de personalidade (psicopatologia borderline) recomenda ao terapeuta inicialmente
- A) priorizar a integração de representações mentais dissociadas, como as relativas à falência parental.
- B) centrar as interpretações no ataque primário do paciente ao terapeuta na transferência.
- C) oferecer o “holding estendido”, com disponibilidade do terapeuta em horários não-convencionais.
- D) estimular as atuações para que o setting seja entendido como objeto-continente.
- E) evidenciar sua presença como alguém preocupado, interessado, estável e não-punitivo.
Resposta:
A alternativa correta é letra E) evidenciar sua presença como alguém preocupado, interessado, estável e não-punitivo.
A terapia focada na transferência para o tratamento de transtornos de personalidade (psicopatologia borderline) recomenda ao terapeuta inicialmente
A questão pode ser respondida com o seguinte texto:
"Verifica-se na literatura que a técnica para o atendimento dos pacientes borderline não apresenta consenso na literatura. A adaptação à condição face a face entre paciente e psicoterapeuta, porém com proposta rígida do setting, frequência e intervenções predominantemente do espectro interpretativo, foi proposta por Kernberg.
Baseada no modelo desse autor, a Terapia Focada na Transferência é uma modalidade manualizada de psicoterapia psicodinâmica dirigida a pacientes borderline que visa trabalhar as representações do paciente e dos outros na medida em que surgem na interação com o terapeuta. O tratamento é estruturado de forma a controlar a atuação, sustentando-se no estabelecimento do contrato e na neutralidade do terapeuta. Outra corrente é centrada na construção do vínculo de confiança e compreensão baseado na criação de introjeções positivas que o ambiente materno fracassou em prover. Essa modalidade de adaptação da técnica tem como característica a utilização de uma gama maior de intervenções em detrimento das clássicas interpretações, nas quais a presença de constância, cuidados e não punição do terapeuta são mais importantes do que o conteúdo das interpretações [PVMC], baseando-se na obra de Bion e Ogden, entre outros."
Fonte: "Adesão à técnica psicanalítica no processo de psicoterapia com uma paciente borderline" (Campezatto)
Com isso, encontramos a resposta na Letra E.
a) priorizar a integração de representações mentais dissociadas, como as relativas à falência parental.
b) centrar as interpretações no ataque primário do paciente ao terapeuta na transferência.
c) oferecer o “holding estendido”, com disponibilidade do terapeuta em horários não-convencionais.
d) estimular as atuações para que o setting seja entendido como objeto-continente.
e) evidenciar sua presença como alguém preocupado, interessado, estável e não-punitivo.
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