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A técnica do “experimento” é, tradicionalmente, associada à seguinte abordagem psicoterápica:

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Resposta:

A alternativa correta é letra A) gestalt-terapia.

Gabarito Letra A

A técnica do “experimento” é, tradicionalmente, associada à seguinte abordagem psicoterápica:
a)  gestalt-terapia.

b)  terapia cognitivo-comportamental.

c) Psicanálise.

d)  terapia focada na compaixão.

e) abordagem centrada na pessoa.

 

Os experimentos fazem parte da Gestalt-terapia:

“De acordo com Zinker (2007), a criatividade na Gestalt-terapia é um processo de transformação e de mudança no encontro entre psicoterapeuta e o cliente, ou seja, é desenvolver novos comportamentos para situações cristalizadas. O psicoterapeuta é um ser criativo no setting terapêutico que facilita a recriação de experiências e de situações inacabadas com o cliente, pois possibilita a inventividade de diversas situações de aprendizagem a partir do uso dos experimentos.

A gestalt-terapia é, na realidade, a permissão para ser criativo. Nossa ferramenta metodológica básica é o experimento, uma abordagem comportamental para passar a um novo patamar de funcionamento. O experimento se dirige ao cerne da resistência, transformando a rigidez em um suporte elástico para a pessoa. Não precisa ser pesado, sério, nem ter uma comprovação rigorosa; pode ser teatral, hilário, louco, transcendente, metafísico, engraçado. O experimento nos dá licença para sermos sacerdotes, prostitutas, gays, santos, sábios, magos - todas as coisas, seres e noções que se ocultam em nós. Os experimentos não precisam brotar de conceitos; podem começar simplesmente como brincadeiras e desencadear profundas revelações cognitivas. (Zinker, 2007, p. 30)

Os experimentos em Gestalt-terapia são ações intencionais do psicoterapeuta para o cliente vivenciar. É um convite ao cliente para se experienciar a partir de uma postura fenomenológica e dialógica em um contexto de aceitação, respeito e confiança. O psicoterapeuta deve ter clareza do que está propondo e o sentido de sua ação para o cliente como forma de facilitar o seu processo de dar-se conta.

Para Ribeiro (2006), uso dos experimentos no setting terapêutico propicia ao cliente a arte de se experimentar, tornando-o um experimento vivo, ou seja, o cliente é um sujeito ativo e seu próprio instrumento de trabalho. Desta forma, a sessão de psicoterapia é um experimento e o psicoterapeuta um facilitador deste processo. Desta maneira, para Zinker (2007, p. 51), "fazer terapia é como fazer arte".

Enfatizamos que a realização do experimento pelo cliente não é obrigatória, pois o psicoterapeuta deve perceber a sua disponibilidade para desenvolvê-lo. Caso o cliente tenha interesse em efetuá-lo, pode interromper a qualquer momento, caso deseje. Assim, mesmo que comece, pode pará-lo a qualquer momento, de acordo com o seu limite.

Neste sentido, o psicoterapeuta deve ter uma atitude compreensiva e respeitosa em relação à recusa ou interrupção do cliente. E dependendo do caso, pode falar a respeito disto, ou mudar de assunto e falar de outro tema.

 

Nosso gabarito é Letra A

 

Fonte: Lima, Deyseane Maria Araújo. (2019). O self-box como experimento na atuação do gestalt-terapeuta com adolescentes. Revista da Abordagem Gestáltica25(3), 313-322. 

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