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Sobre as Políticas Públicas e a Psicologia, é correto afirmar que

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Resposta:

ESTA QUESTÃO FOI ANULADA, NÃO POSSUI ALTERNATIVA CORRETA

Questão anulada

 

Sobre as Políticas Públicas e a Psicologia, é correto afirmar que

 

a)  política pública é um fato institucional inevitável, “óbvio”, que deve ser aceito inquestionavelmente.

Errado. Pelo contrário.

“Resultam destas observações iniciais algumas perguntas inevitáveis: Como os governos conseguiram agir no interesse público, quando não havia políticas públicas? De maneira similar, a imagem presente, ao falar das políticas públicas, tende a enfatizar a coerência (meios, fins e conexões), a hierarquia (a explicitação da política por pessoas em posições institucionais de autoridade resultará em ações em cascata), a tecnicalidade (a mobilização de recursos intelectuais e procedimentos não ideológicos) e a legitimidade (que as pessoas delineando a política e a ação são consideradas publicamente responsáveis para estas ações). Mas estes são atributos que podem ser encontrados em outras linguagens voltadas às ações de governos (planejamento, orçamento, coordenação de sistemas e gestão de programas e projetos, entre outras). Por que uma maneira de conversar sobre a ação pública deve ser mais central do que outras? Estas questões fornecem a estrutura para este capítulo. A primeira servirá para lembrar que “política pública” não é um ente inevitável, um fato institucional divino, algo “óbvio” que devemos aceitar simplesmente porque pessoas usam a expressão de maneira séria.”

 

b)  psicólogos partem da ação social em direção aos processos sociais e não vice-versa.

Certo!

“Mesmo sendo originalmente localizados dentro da teoria de fases, os estudos sobre a implementação da política pública têm cada vez mais uma vida própria, em grande parte estimulada pelas falhas no processo de implementação (Pressman & Wildavsky, 1973), ou pela autonomia que os diferentes atores gozam para “interpretar” a política à sua maneira. Entram aqui os estudos da atuação dos servidores no dia a dia, influenciados pelo trabalho de Lipsky (1980) sobre a burocracia de nível de rua, e o estudo de Maynard-Moody e Musheno (2000) a respeito do modo como os profissionais da linha de frente assumem o papel de “agente do cidadão” (citizen agent), agindo em resposta aos indivíduos e às circunstâncias específicas. Essa dimensão mais processual de diferentes perspectivas, grupos de interesse, janelas de oportunidade, problemas de implementação está mais próxima à visão prevalente nas diferentes áreas profissionais da Psicologia, como também na Psicologia Social. Psicologia é uma disciplina profissional na qual o contato com o outro é muitas vezes imediato. Psicólogos partem da ação social em direção aos processos sociais e não vice-versa.”

 

c)  a preocupação prioritária do psicólogo deve ser de executar a política pública, tal como prevista nas diretrizes.

Errado. Não só executa-la, mas também melhora-la.

“A preocupação aqui não é somente com a execução da política pública, ou com seu conteúdo técnico, mas com a melhoria desta política como processo social e político. Encontramos a maioria das investigações e teorias sobre as políticas públicas, como processos decisórios e mecanismos de alocação social, presentes em arenas interorganizacionais complexas”

 

d)  ao falar em políticas públicas nos referimos à relação aberta e estável entre Estado, sociedade e as comunidades de saber.

Errado. É assim nas democracias sociais estáveis, mas não é uma verdade absoluta.

“Conforme comentado, a noção de política pública, enquanto expressão central da seriedade de governos democráticos, assume seu papel articulador num período específico de nossa história ocidental recente, resultado de um processo de construção como qualquer outro. Expressa uma relação entre governo e sociedade e também com as comunidades acadêmicas em relação à validade técnico-científica das ações governamentais. Emerge em países específicos e, gradativamente, vai se espalhando, adquirindo cada vez mais centralidade. Esta observação não é em si problemática, uma vez que ideias sociais sempre nascerão em algum lugar e serão sempre passíveis de serem transferidas ou adaptadas. O problema é outro: cair no erro de presumir que, ao usarmos a expressão política pública, estamos automaticamente falando do tipo de relação entre governo, sociedade e comunidade acadêmica onde, tal como na bibliografia sobre democracias sociais estáveis, há uma relação aberta entre Estado, sociedade e as comunidades de saber no que tange à discussão de ações governamentais. Ou seja, nossa discussão sobre políticas públicas precisa incluir a questão: o que quer dizer estudar e usar a linguagem das políticas públicas em países como o Brasil?”

 

e)  quanto à economia política de recursos e benefícios financeiros, todas as áreas marcadas pela desigualdade ou vulnerabilidade são atendidas e cobertas.

Errado. Idealmente seria assim, na realidade não é bem o que acontece.

 

Assim, o gabarito poderia ser Letra B.

Entretanto, a questão foi anulada.

 

Fonte: http://www.livrosabertos.sibi.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/download/212/191/890-1?inline=1

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