Um dos autores mais influentes para a psicologia social comunitária brasileira é Ignácio Martín-Baró (1942-1969). Em um dos mais clássicos textos desse autor O papel do psicólogo (1996), ele defende que psicologia deve ser feita de maneira comprometida com o contexto no qual se situa, em harmonia com as demandas e as necessidades dos povos que historicamente foram subalternizados. Para tanto, Martín-Baró defende que o fazer profissional de psicólogos e psicólogas seja guiado por processos de
- A) aprendizagem de novos comportamentos.
- B) subjetivação.
- C) adaptação.
- D) conscientização.
- E) insubordinação.
Resposta:
A alternativa correta é letra D) conscientização.
Um dos autores mais influentes para a psicologia social comunitária brasileira é Ignácio Martín-Baró (1942-1969). Em um dos mais clássicos textos desse autor O papel do psicólogo (1996), ele defende que psicologia deve ser feita de maneira comprometida com o contexto no qual se situa, em harmonia com as demandas e as necessidades dos povos que historicamente foram subalternizados. Para tanto, Martín-Baró defende que o fazer profissional de psicólogos e psicólogas seja guiado por processos de
Martin-Baró, no artigo citado, comenta sobre o que ele considera que deve ser o horizonte da prática dos psicólogos, que é a conscientização. Veja o resumo do artigo:
"O trabalho profissional do psicólogo deve ser definido em função das circunstâncias concretas da população a que deve atender. A situação atual dos povos centro-americanos pode ser caracterizada por:
(a) a injustiça estrutural,
(b) as guerras ou quase-guerras revolucionárias, e
(c) a perda da soberania nacional.
Ainda que o psicólogo não seja chamado para resolver tais problemas, ele deve contribuir, a partir de sua especificidade, para buscar uma resposta. Propõe-se como horizonte do seu quefazer a conscientização, isto é, ele deve ajudar as pessoas a superarem sua identidade alienada, pessoal e social, ao transformar as condições opressivas do seu contexto.
Aceitar a conscientização como horizonte não exige tanto mudar o campo de trabalho, mas a perspectiva teórica e prática a partir da qual se trabalha. Pressupõe que o psicólogo centro-americano recoloque seu conhecimento e sua práxis, assuma a perspectiva das maiorias populares e opte por acompanhá-las no seu caminho histórico em direção à libertação"
Vamos observar agora as alternativas.
a) aprendizagem de novos comportamentos.
Martin-Baró não propõe a aprendizagem de novos comportamentos, mas a conscientização.
Assertiva Falsa.
b) subjetivação.
Esta assertiva também está errada ao falar de subjetivação. Martin-Baró fala sobre conscientização no artigo.
Assertiva Falsa.
c) adaptação.
Martin-Baró propõe a conscientização para transformar as condições de opressão. Não tem relação com adaptação.
Assertiva Falsa.
d) conscientização.
Conforme expomos acima, esta é a alternativa Correta.
e) insubordinação.
Segundo Martin-Baró, a prática dos psicólogos deve ter como horizonte a conscientização e não a insubordinação.
Assertiva Falsa.
A alternativa correta, portanto, é a Letra D.
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