De forma resumida, o que foi a “crise da psicologia social” que aconteceu em meados do século XX?
- A) Relevância social da área.
- B) Baixa autoestima dos psicólogos.
- C) Não aplicabilidade do conhecimento produzido.
- D) Perda de confiança nas abordagens clínicas.
- E) Falta de mercado de trabalho para os psicólogos.
Resposta:
A alternativa correta é letra C) Não aplicabilidade do conhecimento produzido.
Gabarito Letra C
De forma resumida, o que foi a “crise da psicologia social” que aconteceu em meados do século XX?
Vamos relembrar a crise da psicologia social:
“1970 - Ganha grande proporção o movimento que se tornou conhecido como a "crise da Psicologia Social", durante o qual fortes ataques foram dirigidos as pesquisas de laboratório, aos procedimentos metodológicos e éticos e a falta de aplicabilidade da Psicologia Social aos problemas sociais.”
“No Brasil e na América Latina, a crise começa a tomar corpo nos Congressos da Sociedade Interamericana de Psicologia, principalmente em Miami – EUA (1976) e em Lima – Peru (1979). Como pontos principais da crise da psicologia social, estavam a dependência teórico-metodológica, principalmente dos Estados Unidos, a descontextualização dos temas abordados, a simplificação e superficialidade das análises destes temas, a individualização do social na psicologia social, assim como a não preocupação política com as relações sociais no país e na América Latina em decorrência das teorias importadas. A palavra de ordem era a transformação social. Nos anos de 1960, surge a Associação Latino-Americana de psicologia social (Alapso). Vários psicólogos sociais experimentais como, por exemplo, Aroldo Rodrigues e J. Varela levam a Alapso ao extremo da psicologia social norte-americana. Em toda a América Latina começa um movimento de rechaço à Alapso e várias associações começam a surgir identificadas com uma nova proposta de psicologia social. Como exemplo, na Venezuela surge a Associação Venezuelana de Psicologia Social (Avepso) e no Brasil a Associação Brasileira de Psicologia Social (Abrapso).”
“A crise da psicologia social ou “era das dúvidas” surgiu, portanto, em consequência da excessiva individualização da psicologia social psicológica e dos movimentos sociais ocorridos nos anos de 1970 (como o feminismo, por exemplo), tendo se caracterizado pelo questionamento das bases conceituais e metodológicas da psicologia social psicológica até então dominante, no que tange à sua validade, relevância e capacidade de generalização (Apfelbaum, 1992). Os questionamentos voltam -se principalmente à sua relevância social, isto é, ao fato de essa vertente da psicologia social usar uma linguagem científica cada vez mais neutra e afastada dos problemas sociais reais e, consequentemente, desenvolver modelos e teorias que não são capazes de contribuir para a explicação da nova realidade social que surgia. Além disso, criticava -se a artificialidade dos experimentos conduzidos em laboratório, a falta de compromisso ético de seus mentores e a excessiva fragmentação dos modelos teóricos (Jones, 1985).”
a) Relevância social da área.
b) Baixa autoestima dos psicólogos.
c) Não aplicabilidade do conhecimento produzido.
d) Perda de confiança nas abordagens clínicas.
e) Falta de mercado de trabalho para os psicólogos.
Percebemos que as críticas são várias, e incluem tanto a falta de aplicabilidade do conhecimento quanto a relevância social da área.
Assim, essa questão deveria ser anulada.
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