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Enquanto ainda era apenas um projeto político transformador – não necessariamente criminoso – passível de discussão entre os protagonistas, o levante já revelava a existência de dissensões e divisões internas que expressavam os diferentes interesses e inserções dos agentes na trama. São fartas, nos Autos da Devassa da Inconfidência Mineira, as evidências de que os inconfidentes divergiam quanto a temas absolutamente fundamentais no que tange aos acontecimentos subsequentes à decretação da derrama, cobrança de impostos acumulados há décadas.

(João Pinto Furtado, Imaginando a nação: o ensino

de História da Inconfidência Mineira na perspectiva da crítica historiográfica. Em: Lana Mara de Castro Siman e Thais Nívia de Lima e Fonseca (org.). Inaugurando a História e construindo a nação, discursos e imagens no ensino de História. Adaptado)

Para Furtado, entre os inconfidentes, não existia consenso em relação

Resposta:

A alternativa correta é letra E) ao destino a ser dado ao Governador, ao formato final da revolta em termos operacionais e ao seu próprio teor.

Vamos analisar cada alternativa, para identificar as divergências entre os inconfidentes que Furtado mencionou. 

   

A) à função política que caberia ao Tiradentes na nova ordem, ao projeto de anulação das alforrias e à divisão territorial das Minas Gerais.

INCORRETO. Não consta nas fontes históricas disponíveis evidências de que houvesse um projeto de anulação das alforrias entre os inconfidentes. Além disso, a divisão territorial de Minas Gerais não era uma questão central para os inconfidentes. Quanto à função política de Tiradentes, sabe-se que ele era um dos líderes do movimento, mas não há indicação de que houvesse um consenso sobre qual seria seu papel na nova ordem. Alternativa errada.

   

B) à construção de uma estrada ligando Minas ao Rio de Janeiro, ao uso da democracia direta e à separação entre Igreja e Estado.

INCORRETO. Não há evidências de que a construção de uma estrada ligando Minas ao Rio de Janeiro fosse um ponto de divergência entre os inconfidentes. Além disso, a separação entre Igreja e Estado e o uso da democracia direta não eram questões centrais para os inconfidentes. Alternativa errada.

   

C) ao futuro papel dos ministros da Câmara de Vila Rica, a isenção fiscal das atividades agropastoris e a criação de uma universidade.

INCORRETO. Não há evidências de que os inconfidentes tenham discutido o futuro papel dos ministros da Câmara de Vila Rica ou a isenção fiscal das atividades agropastoris. A criação de uma universidade também não era uma questão central para os inconfidentes. Alternativa errada.

   

D) à constituição de uma milícia popular formada por mineiros, à criação de escolas públicas e a um sistema tributário progressivo.

INCORRETO. Embora a constituição de uma milícia popular fosse uma questão relevante para os inconfidentes, não há evidências de que a criação de escolas públicas e a instituição de um sistema tributário progressivo fossem pontos de divergência entre eles. Alternativa errada.

   

E) ao destino a ser dado ao Governador, ao formato final da revolta em termos operacionais e ao seu próprio teor.

CORRETO. As divergências entre os inconfidentes em relação ao destino a ser dado ao Governador, ao formato final da revolta e ao seu próprio teor estão bem documentadas nos Autos da Devassa da Inconfidência Mineira. Essas questões estavam no centro das discussões entre os inconfidentes e refletiam suas diferentes perspectivas e interesses.

   

Portanto, a alternativa correta é a LETRA E.

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