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Procuremos examinar com especial destaque o processo de monumentalização a que foram submetidos o evento e suas fontes e, a partir daí, propor novas linhas de interpretação. Termos como rebelião, revolta e motim, quando referidos a seu tempo e analisados no contexto do século XVIII, comportam significados relativamente diversos e polissêmicos em relação a seu uso contemporâneo.

(João Pinto Furtado, Imaginando a nação: o ensino de história da Inconfidência Mineira na perspectiva da crítica historiográfica.

Em: Lana Mara de Castro Siman e Thais Nívia de Lima e Fonseca (orgs.), Inaugurando a História e construindo a nação.

Discursos e imagens no ensino de História)

Furtado entende que, na sociedade do século XVIII, a rebelião, a revolta ou o motim

Resposta:

A alternativa correta é letra A) eram recursos políticos normais, até admitidos pelo Estado ou pela Igreja, e com muita frequência redundavam apenas numa série de escaramuças seguidas de algum nível de negociação e anistia.

Vamos analisar cada alternativa, para identificar a compreensão de Furtado sobre os termos "rebelião", "revolta" ou "motim" na sociedade do século XVIII.

 

A) eram recursos políticos normais, até admitidos pelo Estado ou pela Igreja, e com muita frequência redundavam apenas numa série de escaramuças seguidas de algum nível de negociação e anistia.

CORRETO. Furtado argumenta que os termos "rebelião", "revolta" e "motim" no século XVIII eram polissêmicos e tinham significados diversos em relação ao seu uso contemporâneo. Eles eram considerados parte normal da dinâmica política da época, muitas vezes tolerados pelo Estado e pela Igreja, e frequentemente resultavam em negociações e anistias após escaramuças, em vez de repressão violenta. A afirmação é consistente com a interpretação de Furtado.

 

B) foram reprimidos, em regra, com muita rigidez, que resultou em enorme quantidade de vítimas da ação do Estado português, que apreendia que tais atos dessacralizavam o poder real.

INCORRETO. Embora o Estado português pudesse reprimir revoltas, a interpretação de Furtado sugere que eles eram geralmente tolerados e resultavam em negociações, em vez de repressão violenta. A afirmação contradiz a interpretação de Furtado.

 

C) tinham pouca ligação com as estruturas de controle e resistência do Antigo Regime, porque a figura do rei era intocável e qualquer protesto que visasse o soberano era tratado como crime lesa-majestade.

INCORRETO. A interpretação de Furtado sugere que rebeliões, revoltas e motins eram parte integrante das estruturas de controle e resistência do Antigo Regime, e não estavam desconectados delas. A afirmação contradiz a interpretação de Furtado.

 

D) eram comandados, em geral, pelos proprietários de terras e escravizados, com a anuência de um setor liberal-radical do clero, mas foram pouco recorrentes e com minguados resultados.

INCORRETO. A interpretação de Furtado não especifica quem liderava as revoltas, nem sugere que elas eram raras ou ineficazes. A afirmação contradiz a interpretação de Furtado.

 

E) estiveram pouco presentes durante o processo de colonização, porque apenas no início do século XIX os colonos começaram a se perceber como não-portugueses e passaram a exigir alguns direitos.

INCORRETO. A interpretação de Furtado sugere que rebeliões, revoltas e motins eram uma ocorrência comum no século XVIII, e não estavam restritos ao início do século XIX. A afirmação contradiz a interpretação de Furtado.

 

Portanto, a alternativa correta é a LETRA A.

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