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A política externa de D. João VI, quando imperador do Brasil, determinou que se realizassem ações militares em territórios vizinhos ao Brasil. Esses territórios foram a

Resposta:

A alternativa correta é letra C) Guiana Francesa e a Província Cisplatina.

Gabarito: ALTERNATIVA C

 

 

A política externa de D. João VI, quando imperador do Brasil, determinou que se realizassem ações militares em territórios vizinhos ao Brasil. Esses territórios foram a

  • a)  Guiana Francesa e a França Antártica.

Sobre este assunto, é importante que o estudante se recorde sobre o motivo da fuga da família real portuguesa para o Brasil: a França napoleônica declarara guerra contra Portugal. Ou seja, ainda que transferindo a sede do império para o Rio de Janeiro, Portugal continuava em guerra contra a França. No entanto, a Marinha francesa fora arruinada na Batalha de Trafalgar (1805) e já não tinha capacidade de projetar poder de fato na América - consequentemente, suas colônias estavam vulneráveis. Nesse contexto, D. João VI ordenou uma invasão da Guiana Francesa (também referida como França Equinocial), alterando as fronteiras ao norte. No entanto, a França Antártica já não existia em 1808, uma vez que foi a colônia francesa estabelecida na América com a invasão do Rio de Janeiro em entre 1555 e 1570. Ou seja, não guarda nenhuma relação com o período joanino (1808-1821). Alternativa errada.

 

  • b)  Guiana Inglesa e a Província Cisplatina.

Ora, não haveria sentido Portugal agredir a Guiana Inglesa, uma vez que a Inglaterra era a mais importante aliada de Portugal. Inclusive, a Inglaterra fornecera a escolta naval para a fuga da família real portuguesa para a América, sendo que Portugal entrou em rota de colisão com a França napoleônica após se recusar a aderir ao bloqueio continental imposto contra a Inglaterra. Alternativa errada.

 

  • c)  Guiana Francesa e a Província Cisplatina.

A Província Cisplatina era um ponto de atrito histórico entre Portugal e Espanha na América do Sul; afinal, tratava-se de um ponto estratégico para a projeção na Bacia do Prata. Com a tomada da Espanha pela França, foi entronizado um Bonaparte como rei espanhol, o que fragilizou o controle metropolitano sobre todo o império colonial. As províncias do Prata estavam em franca movimentação para a independência frente ao controle espanhol e as tensões entre o extremo sul brasileiro e a Banda Oriental cresciam significativamente. Em 1811, evitando o controle de Buenos Aires sobre a região, D. João VI ordenou o envio de tropas e derrotou as forças de unificação do Prata. Em 1816, no entanto, decidiu-se por uma invasão com finalidade de anexação territorial, uma campanha militar que se estenderia até 1820, quando José Artigas é derrotado e a Cisplatina é anexada ao Reino do Brasil. Como comentado acima, a invasão portuguesa contra a Guiana Francesa estava inserida no contexto da guerra entre França e Portugal e foi amplamente incentivada pela Inglaterra. ALTERNATIVA CORRETA.

 

  • d)  Guiana Inglesa e a França Antártica.

Como comentado acima, o projeto da França Antártica fora esvaziado no século XVI e a Inglaterra era a principal aliada de Portugal. Alternativa errada.

 

  • e)  Guiana Francesa e a Guiana Inglesa.

Como comentado acima, a Inglaterra era a principal aliada de Portugal. Ou seja, não haveria sentido em agredir um território inglês. Alternativa errada.

 

 

Por fim, note o estudante que perceber que a Inglaterra era a principal aliada de Portugal seria mais do que suficiente para eliminar três das quatro alternativas erradas. Ou seja, mais do que propriamente conhecer as ações militares portuguesas durante o Período Joanino, seria interessante compreender o quadro básico das relações portuguesas no período, o que permitiria aumentar sobremaneira as chances de acerto. Sem mais, está correta a ALTERNATIVA C.

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