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Capistrano de Abreu, ao citar o padre Antônio Vieira, registrou que a escravidão era fatal para o índio e, portanto, prejudicial ao próprio branco escravista.

A respeito desse conjunto de idéias, típicas dos jesuítas no período colonial brasileiro, assinale a opção correta.

Resposta:

A alternativa correta é letra B) De modo geral, acreditava-se, que o índio, por sua natureza frágil e dedicação ao ócio, ao descanso e à liberdade, não era capaz de aturar o trabalho que os portugueses lhes impingiam.

Gabarito: Letra B

 

De modo geral, acreditava-se, que o índio, por sua natureza frágil e dedicação ao ócio, ao descanso e à liberdade, não era capaz de aturar o trabalho que os portugueses lhes impingiam.  

Nesse período, havia uma visão por parte dos colonos de que os nativos não eram capazes de suportar o trabalho imposto pelos portugueses, por supostamente possuírem uma natureza mais frágil e hábitos que os tornavam inadequados ao empreendimento colonial. Era bastante comum discursos que caracterizavam os indígenas como preguiçosos e desinteressados. Esses discursos tiveram a sua contribuição como mais um elemento motivador para a transição para a mão de obra africana.

 

Por que as demais alternativas estão incorretas?

 

Letra A: A noção de que o índio era igual ao africano, que não tinha alma, ou que a alma era possuída por sentimentos e valores pagãos e que não mereciam a complacência cristã, era uma espécie de doutrina teológica na colonização no Brasil.  

Não havia nessa época uma noção de que o índio era igual ao africano e, portanto, desprovido de alma. Os indígenas eram constantemente defendidos pelos jesuítas que eram contrários a sua escravização.

 

Letra C: Os “braços dos índios”, considerados no início da colonização do Brasil como necessários, seguiram sendo, até meados do século XIX, a fonte principal de mão-de-obra da monocultura exportadora.  

Os “braços dos indígenas” não seguiram sendo a principal fonte de mão de obra da monocultura exportadora até o século XIX, tendo o trabalho escravo indígena sido substituído pelo do africano, que se tornou a principal mão de obra do período, a partir do começo do século XVII.

 

Letra D: A noção do prejuízo ao branco causado pela escravidão indígena advinha da noção de que os índios eram mais destrutivos que construtivos nas jornadas rurais da extração da cana e no trabalho nos engenhos.

 

A noção de prejuízo ao branco causado pela escravidão indígena vinha do entendimento de que os indígenas eram mais frágeis para o trabalho braçal dos engenhos de açúcar, e não que eram destrutivos. Por supostamente serem mais frágeis sucumbiam facilmente a esse tipo de trabalho gerando prejuízo ao branco, essa era a noção articulada a ideia de prejuízo.

 

Referências:

 

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral, volume 1. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

 

VAINFAS, Ronaldo et ali. História: das sociedades sem Estado às monarquias absolutistas, volume 1. São Paulo: Saraiva, 2010.

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