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A partir da segunda metade do século XVIII, o número de escravos recém-chegados cresce no Rio e se estabiliza na Bahia. Nenhum lugar servia tão bem à recepção de escravos quanto o Rio de Janeiro.

 

FRANÇA, R. O tamanho real da escravidão. O Globo,

5 abr. 2015 (adaptado).

 

Na matéria, o jornalista informa uma mudança na dinâmica do tráfico atlântico que está relacionada à seguinte atividade:

Resposta:

A alternativa correta é letra B)  Extração de metais preciosos.

Gabarito: ALTERNATIVA B

  

A partir da segunda metade do século XVIII, o número de escravos recém-chegados cresce no Rio e se estabiliza na Bahia. Nenhum lugar servia tão bem à recepção de escravos quanto o Rio de Janeiro.

FRANÇA, R. O tamanho real da escravidão. O Globo, 5 abr. 2015 (adaptado).

 
  • Na matéria, o jornalista informa uma mudança na dinâmica do tráfico atlântico que está relacionada à seguinte atividade:

Como é típico em provas do ENEM, a questão exige um esforço de interpretação de texto somado com conhecimentos bastante rarefeitos de História do Brasil. A baliza temporal da segunda metade do século XVIII é fundamental para que o aluno resolva a questão, que exige a associação desse recorte temporal com uma atividade econômica correspondente e entendida como predominante naquele espaço. Assim, analisemos as alternativas que seguem.

 
  • a)  Coleta de drogas do sertão.

A coleta de drogas do sertão foi uma atividade bastante intensa em algumas regiões da América portuguesa em diferentes fases. A interiorização dos bandeirantes no Oeste paulista em direção ao Mato Grosso e a penetração das missões jesuíticas nas capitanias do Norte foram dois desses grandes esforços. No entanto, nenhum desses estava propriamente conectado com o Rio de Janeiro tampouco exigiu o emprego de mão-de-obra escrava de origem africana. Alternativa errada.

 
  • b)  Extração de metais preciosos.

De maneira bastante simplória, a banca fez a conexão de tempo-espaço com o chamado ciclo do ouro, que ficou concentrado na capitania das Minas Gerais. Seu auge pode ser localizado em meados do século XVIII e a sua estrutura produtiva, de fato, estava fortemente associada ao emprego de escravos africanos nas atividades de mineração, além do desenvolvimento de toda uma sociedade mineira em novas cidades mais complexas e de uma classe média urbana - fatores que também pressionavam a demanda por escravos. A conexão pelo Rio de Janeiro se fazia importante pelo isolamento da capitania das Minas Gerais: o Rio era o principal porto para se tomar os caminhos para as regiões auríferas da colônia. ALTERNATIVA CORRETA.

 
  • c)  Adoção da pecuária extensiva.

A pecuária extensiva, desde o final do século XVI, era uma atividade satélite no universo econômico colonial. Cada vez mais empurrada para os interiores do continente pelo sucesso e pelo avanço das zonas de monocultura, a pecuária extensiva, apesar de lucrativa, não concentrava grandes quantidades de capitais nem costumava utilizar grandes contingentes de escravos. Como uma atividade econômica voltada à economia doméstica, a pecuária extensiva ficou nas mãos de comerciantes locais e de homens livres empobrecidos na aventura colonial. Portanto, não se pode associá-la como um grande fenômeno do século XVIII ou como capaz de desequilibrar os fluxos de escravos na colônia. Alternativa errada.

 
  • d)  Retirada de madeira do litoral.

A associação do extrativismo vegetal com a região do Rio de Janeiro ficou concentrada nos séculos XVI e XVII e a mão de obra utilizada foi basicamente a indígena. No século XVIII, como se vê no enunciado, o Rio havia se convertido num centro comercial importante na vida colonial, muito mais complexo do que o ponto de pirataria e de exploração de pau-brasil dos séculos anteriores. Alternativa errada.

 
  • e)  Exploração da lavoura de tabaco.

Os principais centros produtivos de tabaco estavam mais próximos da Bahia do que do Rio de Janeiro. Além disso, o produto jamais se configurou como um grande ciclo econômico, apesar de certa capacidade produtiva da região. Ou seja, não se poderia atribuir à fumicultura a ascensão fluminense nas rotas de tráfico de escravos. Alternativa errada.

  

Sem mais, está correta a ALTERNATIVA B.

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